IRB (IRBR3) registra prejuízo de R$ 97,6 mi em julho de 2021; perdas acumuladas no ano são de R$ 253,7 mi

Em julho, o prêmio emitido pela companhia totalizou R$ 1,1673 bilhão, com queda de 24,5% em relação a igual mês de 2020

Equipe InfoMoney

IRB (Foto: Divulgação)

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SÃO PAULO – O IRB (IRBR3) informou ao mercado nesta quarta-feira (22) que registrou prejuízo líquido de R$ 97,6 milhões em julho de 2021; a companhia havia divulgado um prejuízo de R$ 62,4 milhões em julho do ano passado. Os números também foram enviados à Superintendência de Seguros Privados (Susep).

No acumulado de 2021 até julho, o prejuízo foi de R$ 253,7 milhões, perdas 62,63% menores ante o mesmo período de 2020, de R$ 678,8 milhões.

A companhia informou ainda que, quando excluídos os efeitos do runoff – custos com carteiras passadas – nos sete primeiros meses de 2021, a empresa alcança o breakeven – ponto de equilíbrio, em que receitas e custos se equiparam -, com um resultado líquido negativo de R$ 13,3 milhões, “o que confirma a trajetória positiva das medidas adotadas neste período”, apontou.

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Em julho, o prêmio emitido pela companhia totalizou R$ 1,1673 bilhão, com queda de 24,5% em relação a julho de 2020, sendo R$ 933,7 milhões no Brasil e R$ 233,6 milhões no exterior. O prêmio emitido no Brasil decresceu 8,0% em relação a julho de 2020, enquanto no exterior ocorreu uma redução de 56,1%.

Nos sete primeiros meses de 2021, o prêmio emitido de R$ 5,2579 bilhões apresentou redução de 13,6% em relação ao mesmo período de 2020, sendo R$ 3,2189 milhões no Brasil (alta de 5,2%) e R$ 2,038,9 bilhões no exterior (queda de 32,6%). A redução dos prêmios com origem no exterior está em linha com a estratégia de reunderwriting (processo de limpeza) divulgada pela empresa.

Com relação aos prêmios ganhos, eles totalizaram R$ 425,6 milhões, redução de 35,3% frente julho de 2020. A referida redução está em linha como o movimento de redução de prêmio emitido. Já no acumulado do ano até julho, o prêmio ganho foi de R$ 3,6122 bilhões, um decréscimo de 7,0% em relação ao mesmo período de 2020.

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A despesa de sinistro em julho de 2021 foi de R$ 458,8 milhões, 28,1% inferior a julho de 2020, quando totalizou R$ 638,3
milhões. No ano, o índice de sinistralidade acumulado em 2021 foi 87,7%, equivalente a uma despesa de sinistro de R$ 3,166,2 bilhões, uma melhora de 18,5 pontos percentuais em relação aos sete primeiros meses de 2020, cujo índice de sinistralidade foi de 106,2% ou R$4.125,1 milhões. A sinistralidade, excluído efeitos dos negócios descontinuados (run off), nos sete primeiros meses é de 80,7%

A resseguradora destaca que o detalhamento e maiores explicações sobre os resultados serão apresentados por ocasião da divulgação das informações trimestrais, prevista para 11 de novembro de 2021.

Segundo o Credit Suisse, os dados foram negativos, com os resultados de julho contribuindo negativamente para os números acumulados no ano, que já haviam atingido o breakeven na primeira metade do ano.

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Luis Sales, analista da Guide, também aponta que a notícia é marginalmente negativa. “O IRB vem observando uma diminuição nos prêmios, o que vem comprimindo o seu resultado. Seguimos cautelosos em relação a empresa, que tem tido dificuldade em destravar valor, mesmo com sua tentativa de restruturação, que ainda não refletiu em melhora substancial operacional”, avalia.

Nesta semana a companhia também divulgou a eleição de  Raphael Afonso Godinho de Carvalho para o cargo de diretor presidente do IRB. O novo diretor presidente tomará posse em 1 de outubro de 2021, com mandato unificado com os demais membros da Diretoria Estatutária da Companhia até 2 de julho de 2023.

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