Dicas do que fazer quando você não conseguir pagar o valor mínimo do cartão

Não ignore o problema: ele só tende a piorar. Corte gastos e informe o banco, de forma a tentar uma renegociação

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Se você usa o seu cartão de forma consciente, planeja suas finanças e não gasta por impulso, provavelmente nunca terá que enfrentar este tipo de situação. Por outro lado, se você gasta mais do que recebe e não possui um orçamento que permita controlar os seus gastos, basta um imprevisto financeiro para que você se veja em uma situação financeira delicada.

Não importa a natureza do imprevisto. Se você não se planeja ou não monta uma reserva de emergência, fatalmente acabará tendo que recorrer ao crédito pré-aprovado do seu cartão para fechar as contas. O problema surge quando isso se torna freqüente, o que pode dificultar até mesmo a sua capacidade de manter o pagamento mínimo do cartão.

Não ignore a situação

Antes de discutir o que você deve fazer, é importante deixar claro que você não deve, em hipótese alguma, ignorar o fato. Isso só vai piorar a sua situação. Ainda que, segundo a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e de Serviços), o procedimento possa variar de um banco para outro, na maioria dos casos o banco emissor ignora o pagamento efetuado e cobra dívida sobre o valor integral da fatura.

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Ou seja: se você devia R$ 500 e era exigido um pagamento mínimo de R$ 100, mas você pagou apenas R$ 50, o banco emissor pode considerar que o saldo financiado foi de R$ 500 e não de R$ 450, o que aumentaria ainda mais seus custos. Isso sem falar que atrasos consecutivos podem levar o banco emissor a aumentar os juros cobrados na sua dívida. Afinal, a deterioração do seu perfil de risco é um dos fatores que permite a revisão dos juros.

Entre em contato com o banco emissor

O ideal é que você evite este tipo de situação a todo custo. Mas, caso isso não seja mais possível, então é importante que você entre em contato com o banco emissor do seu cartão e explique a sua situação.

Antes disso, contudo, é recomendável que você promova uma faxina no seu orçamento, de forma a cortar gastos e abrir espaço para pagar a dívida do cartão. Muitas vezes isso é suficiente para garantir o pagamento da fatura.

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Renegocie e pague em dia

Porém, se não isso não for possível, sua alternativa é tentar renegociar os termos da dívida. Algumas pessoas acabam nesta situação devido à separação, doença, perda de emprego etc, o que, em geral, torna o credor mais disposto a negociar.

Os termos renegociados da dívida devem fazer parte de um novo contrato entre você e o banco emissor. Mas fique atento! Pois, se você atrasar o pagamento das novas prestações, corre o risco de ver os termos da dívida anterior serem retomados. Isso porque o banco pode alegar descumprimento do contrato.

Ao admitir que está enfrentando dificuldades financeiras, você corre o risco do banco emissor considerar que o seu perfil de risco aumentou e, com base nisso, elevar os juros cobrados da sua dívida. Por mais que isso pareça o oposto do que você precisa, não são raros dos casos que a renegociação envolve apenas o alongamento da dívida (sem revisão dos juros), o que permite reduzir a prestação mensal. Mas, no final das contas implica em um desembolso maior em juros.

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Aprenda com seus erros

Se você está passando por uma crise financeira, é importante que tome uma atitude. Além de não fazer bem à sua saúde física, passar noites em claro sem dormir não melhora a sua saúde financeira. É importante que você aja o mais rápido possível.

Se você não se sente seguro para renegociar com o banco emissor, peça orientação junto aos órgãos de proteção ao consumidor, ou aos serviços de proteção ao crédito (ex. Serasa). Aproveite a experiência para aprender com os seus erros. Caso contrário, em poucos meses você estará enfrentando o mesmo problema novamente.