Berkshire Hathaway já tem possível sucessor para quando Warren Buffett deixar a companhia

Greg Abel seria o indicado para substituir o megainvestidor, de acordo com entrevista à rede CNBC

Mariana Zonta d'Ávila Lucas Bombana

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SÃO PAULO – Uma das sucessões mais aguardadas pelo mercado financeiro parece ter sido desvendada nesta segunda-feira (03). Após a reunião anual de investidores da Berkshire Hathaway, realizada virtualmente no sábado (1), o megainvestidor Warren Buffett, que comanda a empresa, deu sinalizações referentes a uma das principais dúvidas dos últimos anos: quem será o próximo CEO da companhia.

Conforme matéria publicada nesta segunda-feira (03) no site da rede americana CNBC, Buffett sinalizou que a posição de liderança do conglomerado financeiro poderá ser ocupada por Greg Abel, vice-presidente responsável por todas as operações não relacionadas a seguros.

“Os diretores concordam que se alguma coisa acontecer comigo hoje à noite, seria o Greg que assumiria a companhia amanhã de manhã”, disse Buffett, à CNBC.

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No sábado, durante o evento, em resposta a uma pergunta sobre se o conglomerado não seria muito complexo para ser administrado, Charlie Munger, vice-presidente da Berkshire desde 1978, já havia dito: “Greg vai manter a cultura”, explicando que a natureza descentralizada da companhia permaneceria mesmo sem ele e Buffett.

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À rede de TV americana, Buffett elogiou ainda tanto Abel quando o vice-presidente Ajit Jain, responsável pelas operações de seguros da Berkshire. Ambos são vistos como possíveis sucessores desde que foram promovidos a vice-presidentes, em 2018.

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“Se, Deus me perdoe, alguma coisa acontecer com o Greg esta noite [sábado], então seria Ajit”, disse Buffett, adicionando que idade é um fator determinante para a diretoria. Abel tem 59 anos e Jain, 69. “Os dois são caras incríveis. A probabilidade de alguém ter um caminho pela frente de 20 anos, no entanto, faz uma grande diferença.”

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Durante a reunião, que durou mais de três horas, Ajit Jain e Greg Abel reconheceram que a relação entre Buffett e Munger é insuperável.

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Eles disseram ainda que, embora a interação entre eles não seja tão próxima como a dos parceiros de longa data, é também bastante frequente. “Não há dúvida de que a relação que Warren tem com Charlie é única”, afirmou Jain. “Não acho que alguém possa repetir isso”, acrescentou.