Oi prevê acordo com governo, para cortar pela metade sua dívida pública, ainda em 2020

Acordo que permitirá cortar pela metade dívida pública de R$ 13 bilhões da operadora pode ser fechado ainda neste ano com a AGU, diz o presidente da Oi

Estadão Conteúdo

Loja da Oi Móvel/Oi telecomunicações em São Paulo (Foto: Paulo Fridman/Corbis via Getty Images)

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O presidente da Oi (OIBR3), Rodrigo Abreu, disse na sexta-feira, 13, esperar que o acordo entre a companhia e a Advocacia Geral da União (AGU) seja fechado ainda neste ano.

Segundo o executivo, representantes da Oi e da AGU estão na reta final das negociações que permitirão cortar pela metade a dívida pública da operadora, que hoje é de R$ 13 bilhões. O valor se refere a mais de mil multas aplicadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) à companhia, na última década.

O plano de recuperação judicial da Oi reformulado e aprovado pelos credores em setembro e estabeleceu que a dívida de R$ 13 bilhões será tratada sob as condições da lei 13.988, que entrou em vigor em abril. O novo texto permite à União e a suas autarquias, como a Anatel, flexibilizarem o pagamento de dívidas consideradas “irrecuperáveis ou de difícil recuperação” – caso dos valores da Oi.

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Prejuízo

O balanço da Oi mostrou um prejuízo líquido superior a R$ 2,6 bilhões no terceiro trimestre – apesar de negativo, representa queda de 54% em relação às perdas registradas no mesmo período de 2019.

A perda de clientes e de receita é praticamente generalizada, refletindo os desafios de manter uma operação forte em negócios diferentes (voz, dados, banda larga, TV paga e atendimento a empresas). O negócio de fibra óptica, porém, é um alento: a receita desses serviços disparou 388% e já representa 24% da arrecadação em serviços residenciais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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