“Mesmo com a pandemia, a procura pelos nossos empreendimentos aumentou 50% nos últimos três meses”, diz CEO da MRV

Menin participou de live do InfoMoney e detalhou proposta de ampliar participação na faixa acima do Minha Casa, Minha Vida: "vamos lançar uma marca nova"

Anderson Figo

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SÃO PAULO — A pandemia de coronavírus deixou a MRV (MRVE3) em alerta, mas afetou o balanço da empresa de construção civil de uma maneira bem mais amena do que outras companhias de setores diferentes. A margem bruta foi prejudicada pelos descontos, mas os preços menores estimularam mais vendas, o que gerou uma receita operacional recorde de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre deste ano.

“Mesmo com a pandemia, a procura pelos nossos empreendimentos aumentou 50% nos últimos três meses”, disse Rafael Menin, CEO da MRV, em live do InfoMoney. O executivo afirmou que “boa parte da população percebeu que neste momento é fundamental ter uma habitação de alta qualidade”.

A live faz parte da série Por dentro dos resultados, em que CEOs e CFOs de empresas abertas comentam os resultados do ano e respondem dúvidas de quem estiver assistindo. Nos próximos dias, haverá lives com Eletrobras, Via Varejo, B3 e outras companhias (veja a agenda completa e como participar).

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O executivo comentou sobre a estratégia da MRV de aumentar sua fatia em empreendimentos na faixa acima do MCMV (Minha Casa, Minha Vida). “No próximo ano já podemos ser o número dois do mercado nessa faixa”, disse. Mas ele garantiu que “não faz nenhum sentido” para a MRV deixar de atuar no segmento econômico.

“Estamos agregando novas áreas de atuação. Vamos investir no segmento low-mid, inclusive vamos lançar uma marca nova em breve, estou dando um spoiler aqui. Essa nova marca terá produtos [imóveis] na faixa de R$ 350 mil, para quem tem renda familiar entre R$ 7 mil e R$ 8 mil mês, aproveitando essa affordability [acessibilidade] do SBPE [Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo]”, afirmou.

Menin comentou ainda sobre os investimentos do grupo em tecnologia e o potencial esperado para os negócios de loteamentos, através da URBA, e de empreendimentos para aluguel voltados a fundos imobiliários, através da Luggo. Sobre possíveis aquisições no setor, ele afirmou que a tradição da MRV “é o crescimento orgânico, preferimos fazer as coisas dentro de casa”.

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Ricardo Paixão, CFO da MRV e que também participou da live, disse que o grupo não descarta nenhuma forma de capitalização da companhia ou das marcas dentro do grupo, inclusive o spin off de marcas como a própria URBA ou a Luggo para que elas possam se capitalizar via mercado de capitais, lançando ações próprias na Bolsa.

O executivo também comentou sobre a remuneração dos acionistas da MRV. “Começamos o ano com a cabeça em pagar 50% do lucro em dividendos. Com a pandemia, reduzimos para 25%. Mas conhecendo o grupo e como a gente gosta de devolver dinheiro para o acionista, eu apostaria que a gente vai mudar essa diretriz até o final do ano, dado o volume de geração de caixa e de vendas que a gente está conseguindo”, disse. Assista à live completa acima.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.