Café-da-manhã pesa mais no orçamento do que almoço

Segundo a FGV, enquanto o desjejum abocanha 2,83% do orçamento, a refeição composta por arroz, feijão, alface e frango fica com 1,22% dos ganhos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Tomar uma xícara de café com leite e comer pão com margarina todas as manhãs pesa mais no orçamento do que aproveitar um almoço regado a arroz branco, feijão, alface e frango. Pelo menos foi isso o que afirmou nesta segunda-feira (11) André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Getúlio Vargas.

Em proporção, o desjejum abocanha 2,83% do orçamento, na média das famílias brasileiras. Já o prato do almoço, com os itens descritos acima, representa cerca de 1,22% – um pouco mais do que a parcela referente apenas ao leite longa vida (1,13%).

Cada um

“O café-da-manhã compromete uma parte importante do orçamento”, explicou Braz. Segundo o economista, o peso dos itens não variou tanto nos últimos anos. “Esses produtos basicamente mantiveram sua representatividade, sem oscilações muito fortes”, explicou.

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Veja a proporção de cada um deles no ganho das famílias:

Orçamento
Produto Peso
Leite longa vida 1,13%
Pão de sal 1,03%
Café 0,46%
Margarina 0,21%
Arroz branco 0,34%
Frango 0,28%
Feijão 0,32%
Alface 0,28%

Fonte: IPC/FGV

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Caso o brasileiro queira requintar o desjejum e adicionar queijos prato e tipo minas o peso fica ainda maior. A proporção desses alimentos é de, respectivamente, 0,11% e 0,19% – o que faz com que o café-da-manhã fique com 3,13% do orçamento.

Braz explicou que essa média vale para famílias com renda entre R$ 380 e R$ 12.540 – ou entre um e 33 salários mínimos.