Ibovespa vai à máxima após abertura das bolsas nos EUA; dólar cai 1%

Mercado vira sem forças para sustentar a alta que ocorre nas bolsas europeias e americanas

Ricardo Bomfim

Gráfico de ações (Crédito: Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa vai à máxima nesta segunda-feira (3) após a abertura das bolsas nos Estados Unidos, que se recuperam após as quedas da semana passada. Na China, os mercados sangram, com a bolsa de Xangai fechando em queda de 7,72% em sua reabertura após ficar fechada desde o dia 24 de janeiro por conta da propagação do vírus.

A doença já infectou 17,2 mil pessoas, matando 361. O governo americano proibiu a entrada de qualquer pessoa não-residente vinda da China, onde começou a epidemia. Repercutindo essas medidas, o governo chinês acusou os Estados Unidos de exagerarem e provocarem “medo” com o surto do coronavírus.

Às 11h47 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,74%, aos 114.600 pontos, enquanto o dólar futuro para março cai 0,98%, a R$ 4,246. Em janeiro, o dólar subiu 6,8%, a maior alta mensal em dez anos. O dólar comercial cai 1,02% a R$ 4,2411 na compra e a R$ 4,2419 na venda.

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No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 cai sete pontos-base a 4,94%, DI para janeiro de 2023 tem queda de sete pontos-base a 5,46% e DI para janeiro de 2025 recua 10 pontos-base a 6,14%

Por aqui, o Congresso Nacional volta hoje do recesso com apenas três projetos prontos para votação. A mudança na Lei do Saneamento é a única elencada como prioritária, no curto prazo, pelo poder executivo e pelos líderes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Há também as reformas tributária e administrativa, cuja tramitação ainda depende do envio das propostas do poder executivo.

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A oposição quer convocar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para explicar as falhas no Enem, mas não definiu uma data. Desgastado pela crise com um dos seus assessores, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, lerá uma mensagem elencando as prioridades do governo.

Entre os indicadores, o Relatório Focus do Banco Central mostrou uma leve revisão para baixo nas expectativas dos economistas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. A projeção oscilou de 2,31% para 2,3%. Já para 2021 a perspectiva se manteve em 2,5%.

Com relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o medidor oficial de inflação do Brasil, a projeção do mercado recuou de 3,47% para 3,4% em 2020 e se manteve em 3,75% em 2021.

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As previsões para o câmbio continuaram em R$ 4,10 para 2020, mas subiram de R$ 4,00 para R$ 4,05 em 2021. A expectativa para a Selic de 2020 segue em 4,25% e para 2021 caiu de 6,25% para 6%.

Noticiário corporativo

A Cogna (COGN3) fará uma oferta pública primária de 172,1 milhões de ações na B3, ao valor de R$ 2 bilhões. A empresa informou que usará a soma levantada para a aquisição de “sociedades que atuam no ensino superior” no Brasil. Posteriormente, a empresa ofertará ações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) no valor de R$ 700 milhões, em outra operação.

Já a construtora e incorporadora MRV (MRVE3) comunicou que resolveu as questões sobre o investimento na sua subsidiária AHS Residential nos Estados Unidos. Segundo a MRV, houve uma conciliação de interesses entre o maior acionista individual no Brasil, Rubens Menin, e os outros acionistas.

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(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.