Setor de construção atinge seu maior valor de mercado da história em novembro

Empresas combinadas chegaram a R$ 42,4 bilhões, valor 167% superior ao do mesmo período do ano passado

Ricardo Bomfim

SÃO PAULO – O setor de construção civil brasileiro atingiu seu maior valor nominal (não ajustado pela inflação) de mercado no dia 21 de novembro deste ano, chegando a R$ 42,4 bilhões, uma alta de 167,85% em relação ao que foi registrado no mesmo período do ano passado. Os dados são da consultoria Economatica.

Dentre as empresas que compõem o segmento, a Cyrela (CYRE3) é a de maior valor de mercado, com R$ 10,5 bilhões e em segundo lugar fica a Eztec (EZTC3), com R$ 9,97 milhões. Em terceiro está a MRV (MRVE3), com R$ 7,79 milhões.

(Crédito: Reprodução)

A valorização reflete a melhora nos negócios dessas companhias, que são muito expostas à atividade econômica do País. A receita líquida operacional das empresas no terceiro trimestre foi de R$ 4,2 bilhões, superando os R$ 4 bilhões pelo quarto trimestre consecutivo. Essa barreira dos R$ 4 bilhões não era superada desde dezembro de 2015.

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O lucro líquido consolidado das companhias, por sua vez, foi positivo nos últimos quatro trimestres, depois de registrar oito prejuízos trimestrais nos últimos 20. O maior resultado consolidado da construção ocorreu no quarto trimestre de 2015, quando o setor lucrou R$ 631 milhões.

(Crédito: Economatica)

De olho na rentabilidade, o Retorno sobre o Patrimônio (resultado da divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido) foi de 7,02% na construção no terceiro trimestre de 2019. Este foi o primeiro ROE positivo em 11 trimestres, sendo que a melhor leitura do índice foi a do terceiro trimestre de 2014, com 12,07%.

Outro indicador importante é a dívida total líquida, que caiu pelo nono trimestre consecutivo e chegou a R$ 5,28 bilhões, menor valor da amostra desde dezembro de 2014.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.