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SÃO PAULO – Os ganhos reais dos aposentados que recebem acima de um salário mínimo foram menores nos últimos 15 anos, revelaram dados da Previdência Social.
No período, esses beneficiários tiveram um reajuste real – descontada a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) – de 26,8%, já considerando o percentual de 7,72% aprovado na terça-feira (15) pelo presidente da República. Caso tivesse sido mantido o percentual de 6,14%, o ganho real desses beneficiários em 15 anos seria de 25,25%.
Enquanto isso, os aposentados com benefícios de um mínimo (hoje fixado em R$ 510) tiveram um reajuste real de 121,76% desde 1995.
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Acima do mínimo
De acordo com os dados da Previdência, as aposentadorias pagas somam 27,302 milhões, sendo que 30,14% deste total dizem respeito àquelas com valor superior ao salário mínimo, que vão para 8,299 milhões de pessoas.
O valor médio dos benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é de R$ 684,39.
Reajuste
No começo do ano, os aposentados que ganham acima do mínimo receberam um reajuste de 6,14%, por força de uma medida provisória que, ao passar pelo Congresso Nacional e pelo presidente, foi modificada para um percentual de 7,7%.
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De acordo com o especialista em Finanças Públicas, Amir Khair, a Constituição garante a correção monetária para quem ganha acima do mínimo, e o índice usado variou desde o IGP (Índice Geral de Preços) até o INPC, normalmente usado hoje.
“Se fosse o INPC, seria menos do que os 6,14%, que foi um acordo que houve entre o governo e as centrais sindicais. Depois, o Congresso, por questão política, resolveu ampliar para 7,7%. Agora, quando se dá aumento de 7,7%, esse dinheiro não vai ficar debaixo do travesseiro. As pessoas vão usar para consumir e transformar uma parte substancial dele em tributos”.