Relator do orçamento diz que proposta do mínimo será de R$ 540 para 2011

Líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (RR), adianta que partido lutará pelo valor proposto por Serra na campanha: R$ 600

Evelin Ribeiro

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SÃO PAULO – A ser apresentada até sexta-feira (5), a proposta orçamentária para 2011 prevê um reajuste de 5,52% para o salário mínimo, o que o elevaria dos atuais R$ 510 para R$ 538,15 a partir de 1º de janeiro.

O relator-geral da proposta, o senador Gim Argello (PTB-DF) já adiantou que vai arredondar esse valor para R$ 540. Já as centrais sindicais informaram que vão reivindicar um aumento para R$ 580, o que representaria um impacto de R$ 11,986 bilhões nas despesas primárias de 2011.

“Temos de trabalhar com a realidade”, disse Argello. “Tudo vai depender de muita negociação. A partir desta quinta-feira (4), começaremos uma discussão mais firme sobre o salário mínimo”.

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O aumento do mínimo afeta gastos com abono e seguro-desemprego, benefícios previdenciários e assistenciais. Cada real de reajuste implica uma despesa extra de R$ 286,4 milhões, em termos líquidos, segundo informações da Agência Câmara.

No Congresso
Embora a presidente eleita, Dilma Rousseff, tenha afirmado que tentará uma forma de compensação ao PIB zero de 2009, para que o reajuste seja maior, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) disse que ainda não é possível prever que o salário mínimo seja reajustado acima de R$ 600 no próximo ano.

O assunto, segundo ele, ainda não foi discutido no Congresso e o que vai definir se haverá ou não condições para o reajuste acima desse valor será a peça orçamentária.

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Promessa de Serra
Já o líder do PSDB, o senador Álvaro Dias, adiantou que a oposição lutará pelo valor proposto pelo ex-candidato à presidência, José Serra, durante a campanha. “Creio ser consenso entre a oposição e o governo a questão salarial. Nós temos o dever de insistir nessa proposta. Se o governo vier com R$ 600, terá nosso apoio”, afirmou, de acordo com a Agência Brasil.