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SÃO PAULO – A austeridade e simplicidade da Vale (VALE3; VALE5) agradaram o Deutsche Bank, que voltou a recomendar a compra da ação. Depois de participar do Vale Day, na Nyse (New York Stock Exchange) os analistas Wilfredo Ortiz e Jorge Beristain acham que a ação ainda tem potencial para alta: o ADR (American Depositary Receipt) deve saltar de US$ 14,89 para US$ 22,50, alta de 51,11%.
Eles destacam que a atual direção da mineradora tem implementado diversas iniciativas para diminuir os custos estruturais permanentemente, investindo apenas nos bons projetos, desinvestindo os que não são o foco da companhia e considerando novas parcerias. A companhia afirmou que quer pagar US$ 4 bilhões em dividendos em 2014, mas que é possível ainda mais.
Os gastos de capitais da empresa devem ser cada vez menores, caindo de US$ 15,5 bilhões em 2013 para US$ 10,4 bilhões em 2016 – embora esses números não contabilizem a fraqueza do real. A empresa deverá focar apenas nos projetos já existentes, e considera a iniciação de novos projetos apenas em cobre.
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A companhia continua otimista com o mercado de minério de ferros e acredita que os temores de que haja um excesso de oferta sao exagerados. “A companhia não acredita que a disponibilidade de dejetos devera ser um problema pelos próximos anos”, afirmam os analistas, ressaltando que os dejetos na China, maior mercado para minério de ferro e que poderia sofrer com essa “concorrência” é da construção, difícil de coletar.
Em termos de preço, a Vale vê o preço do minério de ferro cada vez menos volátil – por causa dos mineradores com custos elevados. O preço pago pela commodity pode inclusive subir: caso a nova lei de poluição chinesa seja promulgada, haverá maior demanda pelo minério de maior qualidade – o que a Vale produz -, o que deve elevar os preços.
