As melhores aplicações para fazer uma carteira de R$ 50 mil render mais

Para essa quantia, os melhores investimentos em termos de rentabilidade são os títulos isentos de IR

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – Conseguir montar uma carteira diversificada, que seja adequada ao seu perfil e ainda garanta bons retornos – sem correr muito risco – não é uma tarefa nada fácil, ainda mais quando os recursos disponíveis para serem investidos são um pouco limitados.

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O montante que você tem para investir é uma variável importante na escolha das aplicações, afinal, muitos investimentos possuem um tíquete mínimo de entrada, ou seja, você só consegue investir se tiver determinada quantia. Os que não têm essa exigência, podem não valer a pena para baixas quantias – por conta das taxas. Por isso é preciso ficar muito atento nas escolhas.

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Para saber como montar uma carteira de investimentos adequada com R$ 50 mil – quantia que muitas pessoas podem ter em conta, seja depois da venda de algum bem, recebimento de alguma indenização, herança, ou apenas por acúmulo de recursos do próprio trabalho – o InfoMoney conversou com especialistas no assunto.

Segundo o educador financeiro e sócio da Mais Ativos, Álvaro Modernell, para escolher onde colocar seu dinheiro é preciso antes se fazer uma série de questionamentos. Em primeiro lugar, é importante descobrir qual o seu perfil de investidor: conservador, moderado ou agressivo. Quantos anos você tem? Quais são seus planos para o ano que vem, para os próximos cinco anos, para os próximos 10 anos? Daqui quanto tempo você irá precisar do dinheiro? Você pretende viajar? Ter filhos? Se aposentar? As perguntas são muitas e a resposta de cada uma delas irá influenciar na escolha de seus investimentos, no entanto, existe uma regra que vale para todos os perfis: diversificação.

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Fuja dos investimentos que pagam Imposto de Renda
De acordo com André Mallet, gerente de renda fixa da Um Investimentos, é interessante buscar títulos isentos de IR (Imposto de Renda), afinal, a isenção fiscal deixa o retorno do investimento superior a qualquer outro.

Segundo ele, bons exemplos de títulos isentos de IR são as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e as debêntures de infraestrutura (que também são isentas de IR). “Coloque cerca de 60% dos R$ 50 mil nesses títulos. É importante diversificar bastante, ou seja, divida os R$ 30 mil da seguinte forma: R$ 10 mil em LCAs, R$ 10 mil em LCIs e R$ 10 mil CRIs ou debêntures. Os outros 40% (R$ 20 mil) coloque em renda variável”, afirmou.

O maior risco desses investimentos é o de crédito, mas, para aplicações de até R$ 250 mil em LCI e LCA existe a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). No caso do CRI e das debêntures, o investidor não possui garantia do FGC, por isso, a escolha do papel é ainda mais importante –  verifique a classificação de risco, que normalmente é emitida por alguma agência para este tipo de investimento.

A rentabilidade desses títulos vai depender de diversos fatores – normalmente, quanto maior o risco e o prazo, melhor o rendimento que a aplicação oferece. Por isso, você deve adequar o seu objetivo ao prazo do investimento e priorizar aqueles com retornos mais atrativos dentro do horizonte de tempo que possui para o resgate.

Diversifique também na renda variável
De acordo com o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, os 40% aplicados em renda variável também devem ser diversificados entre diversos ativos. “É importante nunca concentrar todo o capital em um só investimento”, explicou.

Para ele, nesse momento é importante aplicar em papeis de companhias que exportam em dólar e se beneficiam da atual alta expressiva da moeda, como empresas do setor de papel e celulose (Fibria (FIBR3) e Suzano (SUZB5) ou a mineradora Vale (VALE5)). “É aconselhável dividir essa quantia em, no mínimo três companhias diferentes”, aconselhou.

No entanto, o analista lembrou que, apesar da importância da diversificação, é muito importante levar em consideração o fato de que o mercado de ações é para quem tem tempo de estudar e interesse em aprender sobre o assunto, pois é complicado para leigos e o risco é muito mais elevado que o do mercado de renda fixa, a não ser que ele procure um gestor. “De forma geral, é preciso entender sobre o mercado para investir em ações. Neste momento, por exemplo, quem acompanha o mercado sabe que é hora de fugir das commodities e que as melhores opções agora estão nas ações ligadas à economia doméstica, em especial do setor de consumo”, finalizou.