Novo recorde da poupança mostra falta de educação financeira, diz especialista

A poupança apresentou novamente captação líquida de recursos, com os depósitos superando os saques em R$ 6,6 bilhões em setembro

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – A poupança apresentou novamente captação líquida de recursos, com os depósitos superando os saques em R$ 6,6 bilhões em setembro, o que representa um recorde para o mês. Já no ano, o ingresso líquido de recursos soma R$ 48,947 bilhões até o fim de setembro, o que marca mais um recorde histórico.

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De acordo com o educador financeiro, Elisson de Andrade, esses recordes indicam uma falta de educação financeira da população, que desconhece sobre aplicações com um rendimento maior, visto que a caderneta de poupança, que atualmente rende 0,5% ao mês ou 6,17% ao ano, quase que não supera a inflação.

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Para ele, apesar disso, o lado bom é que o fato também mostra uma consciência maior das pessoas no assunto ‘poupar dinheiro’. “A cultura do investimento ainda é pouco difundida no Brasil, ou seja, ou as pessoas gastam tudo ou colocam na poupança. Esse recorde mostra que as pessoas estão conseguindo guardar mais dinheiro do que antes, mas mostra uma grande falta de educação financeira. As pessoas colocam na poupança porque desconhecem sobre outros produtos financeiros e, sendo assim, é melhor deixar lá mesmo, pois não é certo aplicar o dinheiro em algo que você não conhece o funcionamento”, explicou o especialista.

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Ainda de acordo com Andrade, outras aplicações de renda fixa, como o Tesouro Direto, exigem um nível de conhecimento mais amplo do mercado. “Precisa ter conhecimento para poder ousar mais. Os Títulos do Tesouro, por exemplo, são interessantes para deixar o dinheiro investido por pelo menos dois anos, enquanto na poupança pode-se tirar o dinheiro a qualquer hora, então é mais cômodo e fácil de entender o funcionamento. Quem aplica na poupança também não está preocupado com bolsa de valores, por exemplo… Desconhece totalmente”, finalizou.