UBS recomenda venda de ações diante da maior concorrência no setor

O Cade determinou o fim da exclusividade entre a bandeira de cartões Elo de débito e crédito e as máquinas de pagamentos da Cielo

Weruska Goeking

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 SÃO PAULO – O banco UBS reiterou a recomendação de venda para as ações da Cielo (CIEL3) devido às mudanças regulatórias que devem elevar a concorrência no setor de meio de pagamentos. O preço-alvo em 12 meses é estimado em R$ 23, valor 7,2% abaixo do fechamento de quarta-feira (28).

 Os analistas do UBS se encontraram com membros da Abecs (Associação Brasileira de Cartões) e a conversa girou em torno do fim de exclusividade de marca e modelo completo de aquisição, liquidação de cartão de crédito (atualmente em T+28) e a implementação de pagamentos centralizados através da CIP (Câmara de Pagamento Interbancário).

 “A implementação do modelo de liquidação centralizada e de aquisição total são as principais mudanças que devem favorecer a maior concorrência, o que acreditamos justificar uma classificação de venda para Cielo”, afirma Frederic De Mariz, analista do UBS.

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 O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) determinou o fim da exclusividade entre a bandeira de cartões Elo de débito e crédito e as máquinas de pagamentos da Cielo após investigações para apurar práticas anticompetitivas no mercado de meios de pagamento eletrônicos.

 Para possibilitar maior concorrência no mercado, a partir de 31 de julho a Elo deverá habilitar outras credenciadoras concorrentes da Cielo para transações com cartões de débito e crédito de sua bandeira, pondo fim à atual exclusividade.

 O UBS avalia que a decisão deve trazer maior concorrência ao setor como um todo, mas deve pressionar o mercado de maquininhas. “Embora vejamos o mercado de pagamentos como resiliente, esperamos um crescimento limitado dos lucros no Cielo”, afirma o analista.

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 Há uma tendência de maior adoção de meios pagamentos eletrônicos, mas a recuperação lenta nas vendas e os clientes preferindo débito em relação ao crédito são os pontos negativos. Além disso, a nova regulamentação e as fintechs devem pressionar as margens da Cielo, segundo o UBS.