Dois riscos que você deve analisar antes de investir seu dinheiro

A inflação e o emocional são citados por colunista como grande risco para os investidores

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Todo investimento embute algum tipo de risco. Já que é impossível evitá-los completamente, você pode entender os tipos de riscos e aprender a lidar com eles, destaca o colunista do site MarketWatch, Paul Merriman.

O tripé formado pelos riscos de preço (mercado), liquidez e crédito é muito analisado na hora de investir, mas existem outros riscos que o investidor pode – e deve – olhar, segundo Merriman. São eles:

O risco da inflação
O risco de inflação nada mais é do que quando o dinheiro poupado e investido perde seu poder de compra. No Brasil, durante muitos anos, convivemos com a inflação nas alturas, o que dificultava a vida dos investidores. Era preciso corrigir o dinheiro diariamente pela chamada “taxa over”, para evitar que ele ficasse completamente desvalorizada no final do mês.

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Após a criação do Plano Real a inflação mudou de patamar por aqui, mas ainda assim a alta dos preços é um desafio para todos que investem. Atualmente na casa dos 6% ao ano, o IPCA (índice oficial de inflação) deve ser levado em consideração na hora de calcular o retorno da aplicação financeira. Afinal, se você tem um investimento com rendimento de 4% ao ano e a inflação for maior do que isso, vai perder poder de compra – seu ganho real será negativo.

Uma forma de se proteger da inflação com os investimentos é comprar títulos públicos atrelados ao IPCA. As NTN-B, negociadas no Tesouro Direto, remuneram com a inflação do período mais uma taxa fixa, definida na hora da compra. Ou seja, por mais que os preços subam, quem investe neste tipo de título sempre tem ganho real garantido – desde que carregue o título até o vencimento.

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Risco emocional
Todo investidor percebe, uma hora ou outra, como as emoções podem facilmente sair de controle e influenciar nas decisões mais importantes. “Ganância e medo são as maiores forças que direcionam Wall Street e ninguém é totalmente imune a elas”, destaca Merriman.

O excesso de confiança é outro grande inimigo, à medida que sua habilidade de ver o futuro é impactada: em momentos de alta, em que tudo dá certo, os investidores tendem a achar que são ‘invencíveis’ e que sempre terão bons resultados. Assim, deixam de fazer análises importantes e tomam decisões motivados apenas pela ganância.

Outro comportamento típico é visto no mercado em queda, quando os investidores olham o valor de sua carteira diminuir e optam por embolsar as perdas. Merriman chama esse comportamento de “Eu não aguento mais”. Muitas vezes, isso leva as pessoas a comprar perto do topo de um ciclo de mercado e vender no momento mais baixo.

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A melhor proteção contra esse risco é um plano disciplinado de compra e venda. Ter certeza de que o portfólio possui uma quantidade suficiente de aplicações conservadoras para que possa dormir tranquilamente em qualquer turbulência é uma boa ideia. Ter ativos de risco em momentos para não ficar de fora dos momentos de euforia dos mercados também.