16 corretoras recomendaram Petrobras em novembro; sexta será dia ‘D’

No próximo dia 22, o Conselho de Administração da Petrobras se reunirá para discutir a tão esperada metodologia de reajuste dos combustíveis

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O mês de novembro será fatídico para a Petrobras (PETR3 e PETR4), afinal, no próximo dia 22, sexta-feira, o Conselho de Administração da estatal se reunirá para discutir a tão esperada metodologia de reajuste dos combustíveis.

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Com isso, as ações da companhia petrolífera foram recomendadas por quase o dobro de corretoras em novembro, em relação ao mês anterior. Neste mês, os papéis da Petrobras apareceram em 16 portfólios, contra nove de outubro, sendo que nenhuma corretora retirou os ativos da carteira.

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As corretoras que já haviam recomendado as ações da petrolífera no mês passado foram: Ativa, BB Investimentos, Coinvalores, Concórdia, Inva Capital, Santander, SLW, Tov e Um Investimentos. Já as que optaram por incluí-las neste mês, por conta do anúncio, foram: BTG Pactual, HSBC, Omar Camargo, PAX, Solidez, Souza Barros e WinTrade.

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Confira abaixo o que algumas das corretoras que incluíram as ações da Petrobras na carteira disseram sobre a recomendação:

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WinTrade
“A Petrobras entra na carteira de novembro pela crença de que a nova metodologia de precificação de combustíveis será um ponto de inflexão no racional da companhia. A partir dela, a companhia pode convergir à paridade de preços em relação ao mercado internacional no médio prazo. Com isso, a companhia deve melhorar seus indicadores financeiros e sua geração de caixa, reduzindo assim seus níveis de alavancagem que já estão acima do nível considerado teto pela própria direção da companhia.

Além disso, acredita-se que partir desse quarto trimestre e principalmente a partir do próximo ano, a companhia deverá incrementar sua produção de óleo significativamente, com o ramp up das novas plataformas. Vale lembrar, o sucesso nos programas de controle de custos e eficiência implementados este ano pela direção da companhia, o que deve garantir um declínio menor dos seus campos de produção e melhores margens operacionais. Assim, a perspectiva é de que a empresa, a partir do próximo ano, consiga gerar um crescimento sustentável com uma rentabilidade mais ajustada.”

PAX
“Permanecemos confiantes nos cases ligados a commodities, ainda amparados na tese de que a melhora da economia global seguirá no radar. Ainda consideramos que há espaço para alta de Vale, principalmente porque o papel andou muito pouco em outubro ante o seu potencial e, assim, manteremos 15,0%. Ademais, elevaremos o peso de Suzano para 7,0% e adicionaremos Petrobras com 10%, na esteira da boa notícia se materializar no dia 22 de novembro.”

HSBC
“Estamos cautelosos com relação à interferência negativa do governo no setor. A Petrobras continua a ser prejudicada no nível operacional, já que o preço da gasolina no Brasil está abaixo da paridade internacional. Contudo, a última proposta de metodologia de reajuste de preços proposta pela diretoria da Petrobras tem o potencial para reverter esse cenário, apesar de não termos visibilidade sobre o assunto. As menores empresas do setor vivem momentos distintos em termos financeiros e operacionais.

Juntamente com a divulgação dos resultados do 3º trimestre, a empresa anunciou que foi submetido ao conselho de administração uma proposta de metodologia de preços que daria maior visibilidade ao reajuste dos combustíveis perante o que é praticado no mercado internacional. Apesar de não ter sido declarado como será esse novo método, o dia 22 de novembro será a data limite para haver uma resposta e esse fato pode ter um forte impacto positivo no fundamento da companhia, principalmente se a regra adotada for clara e permitir previsibilidade.

No que tange a produção, apesar da fraca performance ao longo de 2013, acreditamos que no começo de 2014 a empresa irá começar a apresentar dados mais robustos e sustentáveis mostrando crescimento nesse quesito, e esse evento tem o potencial de mudar a percepção do investidor sobre a empresa.

A alta alavancagem da empresa, a qual projetamos que irá ficar em torno de 3,3x dívida líquida sobre o EBITDA no final de 2013 e a geração de fluxo de caixa negativo até 2017, sem contar com o desenvolvimento do campo de Libra, ainda trazem incertezas.”

BTG Pactual
“Nós estamos adicionando a Petrobras (com uma participação de 20%) por acreditar que a nova metodologia de preços dos combustíveis será real e bem executada. Tal mudança poderia mudar significativamente o interesse dos investidores e o sentimento em relação ao último resultado da empresa, aumentando assim as expectativas de ganhos significativamente maiores e uma crença de que a Petrobras melhoraria seu fluxo de caixa. Com o tempo, o preço do petróleo ainda poderá prejudicar a Petrobras, mas acreditamos que no mês de novembro, suas ações podem vir a ser um nome atraente na bolsa brasileira.”