5 papéis para comprar, esquecer e garantir sua aposentadoria

Confira a carteira sugerida pelo analista da Futura Investimentos, Allan Soares: BRF (BRFS3), Ambev (AMBV3), Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e AES Tietê (GETI4)

Arthur Ordones

Publicidade

SÃO PAULO – Ao pensar em investimentos para garantir a aposentadoria, é comum lembrar-se dos famosos planos de previdência privada e de alguns títulos do Tesouro Direto com vencimento bem longo (2035 e 2050), como as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional – Série B), que são papéis atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). No entanto, é possível garantir a aposentadoria com o mercado acionário também, por meio de uma estratégia fundamentalista, que visa a compra de ativos de empresas extremamente sólidas, com ótimos fundamentos e boas pagadoras de dividendos.

Acompanhe a cotação de todos os fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa

As pessoas na casa do dos 20 ou 30 anos não costumam pensar muito na aposentadoria, por conta do longo tempo que lhes resta, porém, é muito importante ter, desde bem cedo, um investimento de longo prazo que garanta certo conforto no fim da vida, afinal, quanto antes começar, menor será a quantia exigida por mês para que a terceira idade possa ser aproveitada com classe ou, no mínimo, sem dificuldades.

GRATUITO

CNPJ DE FIIS E AÇÕES

Para informar FIIs e ações no IR 2024 é preciso incluir o CNPJ do administrador; baixe a lista completa para facilitar a sua declaração

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Quer saber mais sobre os termos usados no mercado financeiro? Acesse o glossário InfoMoney

Pensando nisso, o analista da Futura Investimentos, Allan Soares, indicou cinco papéis de empresas sólidas e com bons fundamentos para comprar, colocar na carteira e, literalmente, esquecer, por pelo menos 20, ou 30 anos. Na hora de vender as ações, a probabilidade de encontrar um montante “assustadoramente” maior do que o que você colocou, é muito grande.

As ações
As primeiras ações recomendadas pelo analista são as da BRF (BRFS3). “Pensando no longuíssimo prazo, essa é a primeira empresa que me vem na cabeça, pois ela é extremamente sólida e o negócio dela é alimentos, ou seja, é algo que nunca vai ficar velho ou ultrapassado. As pessoas nunca vão deixar de comer, falando o óbvio”, disse o analista. “Muita coisa pode mudar em 20 ou 30 anos, mas a BRF com certeza a BRF continuará predominando no setor de alimentos”, completou.

Continua depois da publicidade

O segundo papel recomendado pelo especialista é o da Ambev (AMBV3). “O segmento de bebidas é outro que, dificilmente vai sofrer mudanças nos próximos muitos anos. A empresa é extremamente sólida e o seu controlador já provou por diversas vezes sua incrível competência. É impensável não tê-la na carteira para quem visa um prazo de tantos anos assim”, afirmou.

Os próximos dois ativos indicados pelo analista são os do Banco do Brasil (BBAS3) e do Bradesco (BBDC4). De acordo com ele, os dois bancos são muito bons e o setor financeiro é um que vai continuar indo bem por muitos anos. “Como todas as ações, passará por momentos bons e ruins aos longo dos anos, mas a tendência de duas empresas como essas é que o saldo seja muito positivo em um período de 20 ou 30 anos”, explicou Soares. “Sobre a possibilidade de quebra, nesses casos a tranquilidade é enorme”, completou.

Por fim, para completar a carteira, o especialista indicou a AES Tietê (GETI4), uma empresa do segmento elétrico. “Eu não vejo problema no setor elétrico nos próximos anos. Ele passou por maus bocados no ano passado, por conta de uma forte intervenção governamental, mas acredito que agora o segmento deva começar a se recuperar bem. Sem falar que a AES Tietê é uma empresa bem aberta e que busca crescer sempre”, complementou Soares.

“Esqueça as flutuações de curto prazo”
Para completar, o analista lembrou que o investidor não deve se importar com a flutuação do Ibovespa no curto prazo, mas sim se preocupar em entender sobre o negócio da empresa, para assim se tornar efetivamente um sócio da companhia, na qual ela acredita e conhece. “Esqueça as flutuações de curto prazo, pois se o investimento é para 20 ou 30 anos, ficar sofrendo com quedas pontuais não vale a pena. O que tem que ser acompanhado é o desempenho mensal e anual dos papéis, só para avaliar seu andamento e avaliar uma possibilidade de troca, em caso de um desempenho muito abaixo do esperado em um longo período de tempo”, finalizou.

Dividendos
É importante lembrar também que os dividendos pagos pela empresa também devem ser levados em consideração, pois dependendo da ação que você escolher, eles podem representar uma boa parte do lucro para quem faz investimentos de longo prazo. No entanto, é preciso ter cuidado ao escolher a empresa, pois não pode se basear somente nesse fator.