Google quer deixar de ser uma empresa de mídia; novidade em SP está nos planos

Serviços em nuvem idealmente ultrapassarão a receita de publicidade até 2020, pelos planos da companhia

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – O Google anunciou nesta quinta-feira mudanças estratégicas em seus serviços voltados a empresas, inclusive seu nome.

Em evento na sede brasileira da companhia, executivos divulgaram mudanças chave desde a apresentação até a tecnologia envolvida no antigo Google For Work, que agora chama-se, simplesmente, Google Cloud.

Na mesma ocasião, a companhia falou sobre a criação de um novo “espaço de nuvem” na cidade de São Paulo e em outras 7 localizações ao redor do mundo: Londres, Frankfurt, Finlândia, Mumbai, Singapura, Sydney e Virgínia do Norte. Isso significa armazenar os dados de clientes em cada um desses centros, aumentando segurança e velocidade de transmissão dos mesmos.

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A estratégia é mais um passo para a missão de deixar de ser, em receita, uma empresa de mídia e passar a ser uma companhia de nuvem. De acordo com Eric Schmidt, a intenção é que a receita com esses serviços ultrapasse aquela arrecadada com publicidade até 2020.

Novidades

Dentro do guarda-chuva dessa marca, o Google coloca todos as soluções empresariais que oferece, de computação em nuvem a aplicativos usados no B2B. Isso inclui os antigos Google Apps for Business, que agora chegam com o nome G Suite.

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Mas não foram só os nomes que viram mudanças. Os aplicativos do G Suite passaram a trabalhar com inteligência artificial e Machine Learning para otimizar a experiência de usabilidade no Drive, Apresentações, Planilhas, e-mails corporativos, agenda e no Hangouts.

Entre os destaques, planilhas no Google agora têm uma ferramenta que faz, automaticamente, análise dos dados apresentados, mostrando gráficos e pequenos insights. Como exemplo, os executivos das companhias demonstraram uma planilha de cidades Brasileiras onde a ferramenta detectou algumas informações, como a região do país que tem menos cidades (Centro-Oeste) e a mediana de habitantes por cidade brasileira. Esta atualização especificamente estará disponível também para o usuário comum.

Além disso, empresas que usarem o serviço Google Cloud terão agendamento inteligente de reuniões via Google Agenda – que sugerirá horários livres de todos os participantes a partir de seus eventos marcados; acesso ao Drive por equipe – e não por pessoa e novas ferramentas para apresentações.

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Todas essas ferramentas contarão com o Machine Learning para melhorarem os serviços de maneira automatizada. O e-mail, por exemplo, sugerirá respostas padrão a partir das práticas de mensagens enviadas pelos funcionários. A análise das planilhas mostrará primeiro as informações consultadas frequentemente.

Dessa forma, o Google pretende fazer com que seus aplicativos de nuvens sejam tão simples e indispensáveis quanto qualquer outra ferramenta de trabalho e, com isso, dominar um mercado em que hoje é competidora da Amazon e da Microsoft.

Diferenciais

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Para ter acesso a mais clientes e tornar-se realmente competitivo, o Google começa pelo preço. De acordo com Fabio Andreotti, Head da Google Cloud Platform para a América Latina, contratar o serviço em nuvem do Google sai até 59% mais em conta do que o dos maiores concorrentes.

Isso porque, ele diz, a customização é maior e a cobrança é feita por minuto – e não por hora – o que evita gastos desnecessários. O Google também garante que seus modelos contratuais não exigem fidelidade e podem ser cancelados a qualquer momento.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney