Brasil está pronto para ter seu próprio presidente estrela de TV, diz Bloomberg

Enquanto alguns veem com ceticismo o nome de Luciano Huck para a presidência, agência reforça nome e o coloca como "candidato dos sonhos" do mercado

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Enquanto alguns analistas políticos apontam nome de outro “outsider” que não Luciano Huck para as eleições nacionais de 2018 (veja mais clicando aqui), a Bloomberg destacou em matéria o contrário. Para a agência de notícias internacional, que tem como foco informações de mercado, o “Brasil está pronto para ter o seu próprio presidente-estrela de TV” e apontou que, por muitos motivos, Huck é o “candidato dos sonhos” para os investidores. 

”Ele não apenas tem o tipo de apelo popular que outros candidatos de centro não têm, graças a seu papel como apresentador de TV, como também tem experiência de negócios”, diz a publicação. 

A Bloomberg compara as falas de Huck no Domingão do Faustão veiculada na TV Globo no início de janeiro, que reacendeu à discussão sobre a candidatura à presidência, com o discurso da apresentadora Oprah Winfrey no Globo de Ouro, nos EUA, uma vez que ambos teriam dados claros sinais de suas aspirações presidenciais. A reportagem aponta que, coincidentemente, os discursos foram feitos no mesmo dia – apesar de não destacar que o programa que Huck apareceu ter sido gravado em novembro.

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Mas, enquanto as eleições americanas acontecem só em 2020, as do Brasil acontecem em apenas nove meses. Ou seja, no Brasil, há um senso real de imediatismo na questão sobre o apresentador concorrer ou não, ainda mais entre “aqueles, nos círculos financeiro e de negócios, desesperados por apoiar um candidato do centro que eles acreditem ser capaz de sustentar a recuperação do país após uma debilitante crise política e econômica”.

Huck, aponta a matéria, “fez um discurso passional sobre a necessidade de consertar a classe política arruinada, introduzindo ética e altruísmo ao mesmo tempo em que mobiliza uma nova geração” no programa do Faustão. Assim, o cenário que se vislumbra pela Bloomberg para a candidatura dele é positivo, uma vez que ele tem forte apelo popular devido ao seu programa de TV, ao mesmo tempo que, em meio à descrença com os políticos, as especulações a respeito do nome dele aumentaram. Isso reflete em parte ” o desespero de muitos brasileiros para encontrar um salvador para colocar a nação de volta nos trilhos depois de anos de escândalos de corrupção e recessão”, diz a publicação.

Mas a candidatura de Huck não é sem riscos, aponta a Bloomberg. O risco da candidatura do apresentador é que ele pode dividir os votos para candidatos de centro e abrir espaço para candidatos mais radicais, como Jair Bolsonaro e Lula.

Continua depois da publicidade

Enquanto isso, Huck tem negado a sua candidatura. Pouco depois de aparecer na TV, ele fez uma publicação no Facebook afirmando que não é “candidato a nada”, reiterando uma declaração que ele fez em novembro. De acordo com Cristiano Noronha, cientista político da consultoria Arko Advice, ele provavelmente avaliará por mais um tempo quais são as suas chances. Se, por exemplo, o candidato de centro Geraldo Alckmin permanecer com as mesmas intenções de voto nas pesquisas eleitorais, ele poderia detectar uma oportunidade para entrar na corrida.

 Quer investir em ações? Clique aqui e abra a sua conta na XP Investimentos 

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.