Conheça o homem “responsável” pela derrocada do Bitcoin em 2018

Responsável pelas criptomoedas da antiga Mt. Gox fez vendas enormes de bitcoin desde o fim do ano passado

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Nas últimas horas foi levantada uma teoria que tem chamado muita atenção de investidores e especialistas sobre o que tem levado o bitcoin a cair desde o fim do ano passado. E boa parte desta culpa pode ser creditada à Mt. Gox, uma das maiores exchanges do mundo que quebrou em 2014 e gerou um prejuízo gigantesco para os investidores.

Na última quarta-feira (7) se descobriu que Nobuaki Kobayashi, responsável pelas criptomoedas restantes da corretora, vendeu cerca de US$ 400 milhões em bitcoin e bitcoin cash entre setembro do ano passado e fevereiro deste ano. Em um documento, o administrador, que foi selecionado pelo governo japonês, disse que a decisão foi tomada depois de uma reunião com os credores.

Um investidor levantou no Twitter as vendas feitas desde o fim do ano passado e percebeu que boa parte dos bitcoins, cerca de 180 mil moedas, foi vendida no dia 5 de fevereiro, um dia antes da forte queda que levou a criptomoeda para sua mínima de três meses em US$ 6 mil. Confira as datas em que o executivo transferiu os bitcoins para uma exchange:

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É importante destacar que outros eventos foram responsáveis pela queda e piora do humor do mercado desde dezembro, mas um peso como esse vindo do lado da oferta acaba gerando grande impacto negativo nos preços, e, querendo ou não, afeta os negócios com outros investidores, afastando dinheiro “novo” e até deixando os mais experientes em alerta, segurando uma retomada do mercado.

Há ainda um agravante. Segundo a Bloomberg, Kobayashi ainda está com cerca de US$ 1,9 bilhão em bitcoins, e a expectativa é que ele se desfaça desta fatia em breve, o que pode voltar a pressionar os preços.

O site Trustnodes afirma que uma análise dos dados da blockchain relaciona as datas da venda com crash de dezembro e as seguidas quedas de preço do bitcoin até o mês passado. Eles até sugerem que outros fatores podem ter derrubado a criptomoeda, mas também apontam que o Ethereum, por exemplo, se manteve com preços mais estáveis até janeiro, quando o humor do mercado virou para todas as moedas.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.