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SÃO PAULO – Após subir 1,5% na máxima do dia, o Ibovespa azedou na reta final do pregão desta terça-feira (5) seguindo as bolsas dos Estados Unidos e um boato pessimista sobre a Previdência. Segundo a coluna Radar, da Veja, o líder do governo na Câmara dos Deputados, André Moura, admitiu a um deputado que, hoje, não há nem 170 disposto a votar a favor da proposta do Palácio do Planalto – número muito abaixo dos 308 votos necessários para a provar a proposta. Diante disso, o índice encerrou a sessão em queda de 0,74%, a 72.551 pontos.
Com a virada do mercado, apenas 16 das 59 ações do benchmark da bolsa brasileira fecharam em alta. Dessas, somente 8 acima de 1%. Foram elas: Hypermarcas (FIBR3, R$ 34,76, +3,24%), WEG (WEGE3, R$ 23,80, +2,81%), Smiles (SMLS3, R$ 75,98, +1,99%), Suzano (SUZB3, R$ 17,82, +1,89%), Cyrela (CYRE3, R$ 12,57, +1,78%), Fibria (FIBR3, R$ 44,81, +2,05%), Ecorodovias (ECOR3, R$ 12,48, +1,30%) e Equatorial (EQTL3, R$ 64,89, +1,00%).
Do outro lado, as ações da Vale, que figuravam no terreno positivo mais cedo após ter recomendação pelo Credit Suisse, passaram para o negativo com o mau humor do mercado, assim como as siderúrgicas, com a Usiminas liderando do Ibovespa as perdas no dia (-4,23%).
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Fora do índice, chamou atenção no campo positivo novamente a EzTec, que dispara 11% nos últimos 2 pregões após anunciar pagamento de dividendos de R$ 2,67 por ação.
Confira abaixo os destaques da Bolsa deste pregão:
Vale (VALE3, R$ 36,02, -2,20%)
As ações da Vale viraram para queda, seguindo o mau humor do mercado após subirem 1,55% na máxima do dia, atingindo no intraday máxima desde agosto de 2011. Na esteira do otimismo visto mais cedo, uma elevação de recomendação pelo Credit Suisse. Por outro lado, o minério de ferro registrou queda nesta sessão, após disparar na véspera. Hoje, os contratos futuros da commodity negociados na bolsa chinesa de Dalian caíram 0,46%, a 539,5 iuanes.
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Os analistas do Credit Suisse elevaram a recomendação para os ADRs (American Depositary Receipts) da Vale de neutra para outperform (desempenho acima da média do mercado), com o preço-alvo sendo elevado de US$ 9,50 para US$ 15.
Os analistas destacam que a mudança estrutural positiva no mercado de commodities na China, puxada principalmente pela reforma de oferta e o controle ambiental, deve ser fundamental para aumentar a lucratividade no setor de metais e mineração. Eles destacam que a combinação de: (i) fortes margens nas siderúrgicas chinesas, e (ii) a alta taxa de utilização de capacidade da industria de aço no país tem causado uma demanda crescente por minério de ferro de alta qualidade. Além disso, do lado da oferta, a estratégia de blending da Vale faz com que não haja uma inundação de minério desse tipo no mercado, garantindo que os spreads aumentem.
A alta correção entre o preço de aço e minério de ferro também faz com que ainda haja espaço para preços de minério mais altos. “Revisamos o nosso cenário-base da curva de minério e agora esperamos US$ 67,20 a tonelada para o fim de 2018 e US$ 62,5 a tonelada para 2019 (versus projeção anterior de US$ 55 a tonelada e US$ 48 a tonelada, respectivamente”, apontam os analistas do banco.
Além do cenário mais otimista para minério de ferro, os analistas também chamam atenção para o foco preciso do CEO Fabio Schvartsman em alocação de capital, redução de custos e otimização do volume de vendas. “A empresa está mais cautelosa na sua abordagem de crescimento orgânico e não deve anunciar grandes projetos”, apontam os analistas do banco suíço.
Papel e Celulose
Na contramão do movimento de queda do dólar frente ao real, as ações do setor de papel e celulose – Fibria (FIBR3, R$ 44,81, +2,05%) e Suzano (SUZB5, R$ 17,82, +1,89%) – subiram nesta sessão, aparecendo entre as maiores altas do Ibovespa.
No radar, a Fibria informou que projeta uma alta de quase 60% em investimentos no próximo ano, à medida que busca aumentar sua capacidade e executivos disseram avaliar fusões mais para frente. Em encontro com investidores em Nova York, a companhia estimou investimentos de R$ 3,43 bilhões em 2018, acima dos R$ 2,18 bilhões desembolsados em 2017.
A companhia informou ainda que segue confiante em relação à demanda da China, o que contribuiu com uma série de reajustes nos preços da celulose este ano, ajudando a impulsionar as ações da companhia para máximas recordes nos últimos meses.
Lojas Americanas (LAME4, R$ 15,24, -0,07%)
Em relatório, o Santander apontou que a top pick no setor de varejo no Brasil é a Lojas Americanas. Os analistas do banco veem o cenário econômico e mercado de trabalho melhorando no Brasil, beneficiando companhias mais expostas a segmentos discricionários. Contudo, o Santander recomenda abordagem seletiva devido ao rali recente, destacando que as top picks no país são Lojas Americanas, B2W (BTOW3, R$ 15,96, -2,09%) e CVC (CVCB3, R$ 44,85, -0,73%). BR Malls (BRML3, R$ 12,53, -2,64%) Vulcabras Azaleia (VULC3, R$ 8,36, -4,89%)
Após ter a cobertura iniciada com recomendação de compra e um upside de 60% pelo BTG Pactual ontem, desta vez foi a vez do Bradesco BBI iniciar a cobertura para a Vulcabras Azaleia, mas com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 12, potencial de alta de 37% em relação ao último fechamento. Petrobras (PETR3, R$ 15,92, -1,06%; PETR4, R$ 15,31, -1,10%) Além disso, no radar da estatal, a Petrobras informou que assinou, ontem, com o China Development Bank (CDB), um contrato de financiamento no valor de US$ 5 bilhões e vencimento em 2027. Na mesma data, a Petrobras também assinou um contrato comercial com a empresa Unipec Asia Company, estabelecendo o fornecimento preferencial de um volume total de 100 mil barris de óleo equivalente por dia, atendidas as condições de mercado, pelo prazo de 10 anos. “O acordo com o CDB prevê o desembolso de metade do valor total em dezembro de 2017 e da outra metade em janeiro de 2018, quando também ocorrerá o pré-pagamento do saldo devedor de US$ 2,8 bilhões referente ao empréstimo contratado em 2009 com o banco. Adicionalmente, o pré-pagamento resultará no encerramento antecipado do contrato comercial assinado com a Unipec Asia Company em 2009, com vencimento em 2019, para fornecimento preferencial de um volume total de até 200 mil barris de óleo equivalente por dia”, informou a petrolífera. A estatal anunciou ainda, na noite de segunda-feira, um novo reajuste para os combustíveis, com aumento de 0,7% no preço do diesel nas refinarias e um corte de 1,3% no valor da gasolina. Os novos preços passaram a valer a partir de meia-noite desta terça-feira (5). A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais. Usiminas (USIM5, R$ 8,60, -4,23%)
Em entrevista à Bloomberg, o CEO da Usiminas, Sérgio Leire, afirmou que a siderúrgica está perto de reduzir R$ 900 milhões de sua dívida nos próximos 40 dias. Os R$ 900 milhões equivalem a uma redução de cerca de 15% do endividamento, disse ele, que apontou que a companhia está pagando “com quase dois anos de antecedência” em relação ao acordo das dívidas renegociadas com os credores. O montante inclui R$ 180 milhões que ela paga em juros de títulos em 15 de dezembro. Ele ainda informou que a companhia não tem planos de investir em novos projetos e as negociações com clientes do setor automotivo progridem normalmente. Por fim, o CEO destacou que a Usiminas pretende elevar os preços de seus produtos em 25% a partir de janeiro. Ao fazer uma análise do cenário macro, Leite apontou que a recuperação econômica ainda é muito lenta, projetando uma alta de 2,5% a 3% no PIB em 2018. Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 41,59, -0,60%)
O Itaú Unibanco abriu captação com bônus perpétuo, com referência inicial de cerca de 6,5%, segundo informou fonte à Bloomberg. A precificação está prevista para esta terça-feira. O emissor é o Itaú Unibanco, atuando por intermédio da Grand Cayman Branch. Os títulos são não-resgatáveis nos primeiros cinco anos e os coordenadoressão: BB Securities, BofAML, Itau BBA, JPM, Standard Chartered. Santander Brasil (SANB11, R$ 30,50, +0,53%)
A greve dos auditores da Receita Federal levou novamente à suspensão dos julgamentos de quatro das cinco turmas do Conselho Administrativo de Receitas Fiscais (Carf) que teriam sessão nesta terça-feira, 5. A previsão é que o movimento irá impactar os julgamentos por pelo menos toda esta semana. A sessão do Conselho Superior não foi afetada. A suspensão dos julgamentos levou a mais um adiamento de um caso bilionário envolvendo o Santander, que seria julgado nesta terça. No processo, o banco recorre de autuação da Receita Federal de cerca de R$ 9 bilhões por não ter recolhido tributos decorrentes da aquisição do Banco ABN Amro, em 2009. No Carf, os auditores fiscais compõem metade de cada turma – a outra metade é formada por representantes dos contribuintes. Com a adesão de grande parte da categoria, as sessões foram suspensas por falta de quórum. Eternit (ETER3, R$ 0,95, -2,06%)
A Eternit informou que paralisou as atividades das suas controladas SAMA (mineradora) e Precon Goiás (fabricante de telhas de fibrocimento) após decisão do STF, que declarou inconstitucional dispositivo da Lei federal nº 9.055, de 1995, que permite a extração, industrialização, comercialização e distribuição do amianto crisotila (asbesto branco) no país. A paralisação ocorre até decisão definitiva da ação. “As demais unidades de produção de telhas de fibrocimento seguem operando normalmente apenas com a fibra sintética de polipropileno produzida na unidade de Manaus, conforme informado em fato relevante de 27 de novembro de 2017”, afirmou a empresa. EzTec (EZTC3, R$ 23,75, +2,37%) EzTec deu o 1° passo: por que as construtoras podem começar a pagar gordos dividendos na Bolsa? Clique aqui e confira O pagamento dos dividendos, que totalizam um montante de R$ 440,5 milhões, será realizado no dia 15 de dezembro. Farão jus aos proventos os acionistas detentores do papel no dia 6 deste mês, com a ação passando a ser negociada “ex-dividendos” no pregão seguinte (7/12). Segundo o analista Raul Grego, da Eleven Financial, o mercado esperava, em partes, por uma distribuição adicional de dividendos, com a venda efetivada da torre B do EzTower no valor de R$ 650 milhões, o deu um fôlego de caixa muito bom para a empresa, mas não sabia exatamente qual montante viria. “O valor apenas dessa distribuição gera um yield de 12,5%, o que é muito atrativo para uma empresa do setor de construção civil e nesse momento pós-crise. Temos recomendação de compra para o papel e acredito em um potencial crescimento em 2018, com mais lançamentos”, comentou. (Com Agência Estado)
A BR Malls confirmou nesta tarde que está negociando a venda de três de seus shoppings centers. No último domingo, o blog do Lauro Jardim, no jornal O Globo, apontava que a empresa anunciaria a venda desses shoppings por R$ 800 milhões nos próximos dias. Na ponta compradora, estaria a HSI, gestora de fundos imobiliários. Em fato relevante, publicado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a empresa ressalta, contudo, que não há documentos definitivos firmados acerca das operações.
Descoladas do petróleo, as ações da Petrobras caíram nesta sessão. Em Londres, os contratos futuros do petróleo Brent subiam 0,72%, a US$ 62,90 o barril, enquanto os contratos do WTI, negociados em Nova York, avançaram 0,26%, a US$ 57,65 o barril.
As ações da EzTec disparam 11% nos últimos 2 pregões após a construtora anunciar o pagamento de dividendos de R$ 2,67 por papel, dando um dividend yield (dividendos por ação) de 12,48%, considerando o preço de fechamento da última sexta-feira.