Após quedas recentes Eletrobras sobe forte, mas cenário segue desafiador

Ações ELET6 e ELET3 sobem 4,93% e 5,19%, respectivamente; ações acumulam perdas de mais de 60% no acumulado do ano

Nara Faria

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SÃO PAULO – Bastante penalizadas durante a semana, quando acumulam perdas de cerca de 30%, as ações da Eletrobras (ELET3,ELET6) aparecem na ponta positiva no pregão desta sexta-feira (23), sinalizando um movimento de correção.

Às 10h37 (horário de Brasília), as ações preferenciais da companhia ELET6 registravam valorização de 4,93%, sendo negociadas a R$ 7,66, aparecendo entre as maiores altas do Ibovespa na sessão. No entanto, os papéis da companhia chegaram a atingir valorização de 6,70% em sua máxima no intraday, quando eram negociados a R$ 7,76.

Em seguida, as ações ELET3 aparecem com alta de 5,19%, cotadas a R$ 6,48, enquanto o principal benchmark da bolsa brasileira operava no mesmo horário em queda de 0,23%. Mesmo com a alta no dia, as ações ELET3 e ELET6 acumulam perdas de 60,44% e 68,94% no ano, respectivamente.

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Cenário ainda desafiador
Apesar de movimento de repique visto na sessão, a equipe de análise da XP Investimentos afirma em relatório que o cenário desafiador para a estatal não sofreu modificação.

Os analistas lembram que na véspera o secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que a ajuda da Eletrobras pelo Tesouro Nacional, apesar de ter sido sinalizada, é uma hipótese descartada pelo governo.

“Nada de significativamente novo no comentário, reforçando a postura do governo de defesa do processo de renovação de concessões. Discordamos da tese de que a empresa seguirá ‘normalmente’ suas operações, uma vez que a Eletrobras terá perdas gigantescas com a renovação nos atuais moldes”, afirma a equipe de análise.

O novo cenário para a companhia diante das regras impostas pela Medida Provisória 579 prevê perda de mais de R$ 18 bilhões em ativos não amortizados e perdas de R$ 8 bilhões em receitas anuais.

“Os resultados destes fatores, em nossa visão, são quedas bruscas de resultados operacionais, estancamento dos dividendos, volatilidade nas suas demonstrações financeiras, deterioração de seus indicadores de dívida, redução de sua capacidade de investimento e risco de aumento de capital, diluindo o minoritário.

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