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Mercado de carros se recupera e avança 6,5% no primeiro bimestre!

Após um longo e tenebroso inverno as vendas de veículos voltaram a crescer! Mas o grande sucesso aqui veio do "patinho feio" que é o mercado de carros usados!
Por  Raphael Galante
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Antes de você imaginar que esse simplório “escriba” é bipolar, já que falei que o mercado está ruim aqui e aqui, deixe-me explicar: as vendas de veículos “novos” continuam ladeira abaixo mas o “mercado de veículos” está em alta.

 Explicando:

 O CARRO USADO ESTÁ SENDO O “SALVADOR DA PÁTRIA”.

 O que temos neste primeiro bimestre? As vendas de carros usados avançaram 9% neste primeiro bimestre, totalizando 1,537 milhão de veículos vendidos. No primeiro bimestre do ano passado, tivemos 1,41 milhão de carros. Um acréscimo de 127 mil carros no bimestre.

 O que vem ocorrendo no mercado (com destaque para os últimos três anos), é que o brasileiro – cada vez mais – olha o veículo usado com muito mais carinho!

 Aquela “áurea” de “patinho feio” ou “mico” que era o mercado de carros usados está indo embora!

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 As vendas de veículos estão mais ou menos assim:

Mas sabe o que é o “mais, melhor de bom”? É saber quem são os grandes responsáveis para isso ter mudado.

 Foram as montadoras de veículos! Isso mesmo! Sabe aquelas empresas que tem por objetivo fim fabricar e vender carros novos? Então… foram elas as responsáveis – em grande parte – para o mercado de usados estar bombando.

 Como assim?

 “Simpres”

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 Aquele conceito microeconômico/administrativo de que “vamos baixar o preço para vender mais ‘qualquer coisa’ que seja” não funciona no ramo automotivo. Como temos uma “caixa de pandora” chamada de “benefícios ficais concedido” a quase todas as marcas, essa regra de economia não funciona para cá, e não vou ser eu quem vai mexer neste vespeiro!

 Então, esse conceito, não funciona MESMO!

 Aí o que fazemos? Aumentamos os preços para eu poder fechar as minhas contas – para a matriz. Sim… o carro aumentou bastante de preço e o cenário macroeconômico não ajudou (menos financiamento; taxa de juros mais cara; prazos menores ou estagnados e o consumidor empobrecendo). Elas assim empurraram uma leva de clientes para o mercado de usados.

 Mas acreditamos que foi um percentual bem pequeno; o grosso veio através de suas políticas de vendas!

 Hein??

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 As montadoras decidiram que é interessante para elas venderem os seus carros para “clientes especiais”. Não para meros mortais como nós. Eu quero vender os meus carros para grandes compradores, que arrematam uma leva muita grande de veículos. São as mais diversas empresas que LOCALIZAm 😉 essas oportunidades de compra!

 Imagine que o preço do carro seja 100. Em geral, a margem do concessionário varia de 7 a 11. Então o preço de compra do carro pelo concessionário tende a variar entre 89 a 93. Imagine agora, que essas mais diversas empresas, como, por exemplo, “locadoras” ;), compram esses veículos por preços que variam entre 75 a 80.

 Neste exemplo, essas empresas ficam com o carro por até um ano – em geral – e revendem o carro com um ano de uso a um preço hipotético de 85. Olha só que legal! Eu comprei o carro, trabalhei com ele e ganhei dinheiro; e vou revender ganhando mais dinheiro ainda!

 Ahhhh…. estou delirando!

 Nada disso: hoje 31,5% das vendas de carros novos são para esses clientes. E “ALGUMAS” marcas vendem mais de 50% de seus carros para esses clientes.

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O ponto aqui é que essas “ALGUMAS” marcas são praticamente o exemplo máximo da fábula de Esopo: “A galinha dos ovos de ouro”. Percebemos que as marcas que não compactuam com esta prática “abriram os olhos” (sacou?) para o seu principal ativo que é o cliente. Já as marcas que vendem quase 60% da sua produção paras as pessoas jurídicas, estão entrando num ciclo vicioso de alta dependência destes clientes. Além disso, o consumidor normal, que comprou o carro da concessionária, viu o seu ativo desvalorizar mais do que a média do mercado, já que as PJ derrubam o preço.

 Como já disse Esopo: Quem tudo quer, tudo perde… E as “mudanças” no Market Share com a derrocada de algumas marcas e o crescimento de outras, já é o reflexo dessa realidade.

  

E ai? O que achou? Dúvidas… me manda um e-mail aqui. Ou segue a gente no Facebook aqui.

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Raphael Galante Economista, atua no setor automotivo há mais de 20 anos e é sócio da Oikonomia Consultoria Automotiva

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