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SÃO PAULO – O governo brasileiro continua se esforçando para provar que a alta mundial nos preços dos alimentos nada tem a ver com a produção de bioenergia.
Durante a 12ª Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento), o diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, ministro Carlos Márcio Cozendey, ponderou que a chave para examinar a relação entre os biocombustíveis e a produção de alimentos é entender a diversidade e os fatores culturais.
Cozendey afirmou ainda que não se pode generalizar as críticas, pois os biocombustíveis seriam produzidos a partir de matérias-primas distintas e teriam situação diversa no mercado, se comparados aos alimentos.
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Experiência brasileira
Para comprovar que a produção de etanol não compete com a de alimentos, o ministro informou que menos de 10% das terras aráveis do país são utilizadas para a plantação de cana-de-açúcar.
Além disso, ele alertou que o Brasil possui experiência de 30 anos com a produção de etanol a partir da cana. “Integramos plantas que podem produzir tanto açúcar quanto etanol e a relação entre esses dois produtos tem sido de 50% e 50% nos últimos anos (…). É um campo onde temos muita experiência e muita tecnologia, temos produção de cana há mais de 500 anos”, afirmou, segundo a Agência Brasil.
A necessidade de se diferenciar as condições brasileiras de produção de biocombustível já havia sido ressaltada pelo diretor da União Brasileira de Biodiesel, Sérgio Brito, que afirmou que o Brasil ainda tem áreas de plantio suficiente.