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SÃO PAULO – Uma questão que muita gente se pergunta, principalmente os fumantes de plantão, é em relação ao preço do cigarro. Afinal de contas, apesar do produto ser tabelado por região, muitas vezes o consumidor acaba encontrando preços diferentes na mesma cidade, tendo que pagar mais caro principalmente em bares, restaurantes e danceterias.
Assim, além dos elevados impostos que já estão embutidos no preço de cada maço, muitas vezes o consumidor acaba tendo que gastar um pouco mais para manter o vício, que, além de prejudicar a saúde, acaba afetando mais ainda o bolso. Para se ter uma idéia, o consumidor de cigarro chega a pagar, muitas vezes, até cerca de 80% a mais sobre o valor da tabela.
Empresas determinam o preço
Ao contrário do que muita gente pensa, o cigarro não é um produto tabelado pelo governo. Segundo informações da Souza Cruz, o tabelamento de preços é definido pela companhia, cabendo ao governo aprovar os índices de reajuste. Além disso, a Receita Federal também é notificada, exatamente pelo fato do cigarro ser um dos produtos onde a mordida do leão é mais sentida.
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Para se ter uma idéia, a Souza Cruz, fabricante do líder de mercado Derby e que concentrava em 2002 cerca de 78% do mercado de cigarros do Brasil, pagou somente em impostos o equivalente a US$ 1,3 bilhão, o que torna a sexta maior contribuinte ao fisco no ano passado.
Vale destacar que o cigarro não tem um preço único em todo o Brasil, já que o tabelamento de preços envolve diferentes variáveis, como impostos (ICMS, que varia de estado para estado, custos, investimentos, marketing e outros), além de questões mercadológicas, determinadas pelas empresas fabricantes.
Quem vende mais caro deixa de recolher impostos
Além da chance de perder clientes, os estabelecimentos que cobram mais do que o valor tabelado pelo cigarro provavelmente estão sonegando impostos e correm o risco de serem autuados pela Receita Federal.
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Com isso, o consumidor tem o direito de exigir seus direitos e pagar o que consta na tabela, pois a probabilidade do comerciante não estar pagando impostos sobre o “excedente” é muito grande. Assim, além de cuidar melhor do seu bolso, reclamar e exigir o preço justo também serve para reduzir a sonegação, dando menos incentivo para que o governo perca o tempo dele e o nosso dinheiro criando mais impostos.
