Em dois dias, Telebras salta mais de 100%, puxada por parceira com TIM

Somente nesse pregão, os papéis ordinários sobem mais de 39%, liderando com sobra a maior valorização da BM&FBovespa

Paula Barra

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SÃO PAULO – Desde o anúncio da parceria com a TIM (TIMP3), as ações preferenciais da Telebras (TELB3; TELB4) saltam mais de 110%. Somente nesse pregão os papéis PN disparam 39,4%, aos R$ 9,90, e registram a maior valorização da BM&FBovespa, conforme cotação das 11h33 (horário de Brasília), quando o último negócio foi feito. 

Enquanto isso, o Ibovespa avança 1,14%. Ao mesmo tempo, movimento semelhante era visto nos ativos TELB3, que subiam 32,81% aos R$ 17,00. Além desse desempenho, também impressiona o volume negociado com as ações da companhia, que alcançam nas primeiras horas de operação R$ 4,6 milhões, com 703 negócios, para os ativos preferenciais. Com exceção da véspera, que a negociação também foi intensa, os papéis preferências registravam uma média de R$ 289 mil nos últimos 21 pregões, com 113 negócios. 

Segundo o analista Eduardo Machado, da Amaril Franklin, esse desempenho dos papéis é “exagerado”, já que o mercado ainda não tem informação suficiente sobre o modelo da parceria e o resultado que isso terá na empresa. Em comunicado, a Telebras informou que fará um compartilhamento de infraestrutura com a TIM Participações para expandir o plano, que tem como meta expandir o acesso à banda larga para todo o Brasil até 2014.

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Em documento enviado à BM&FBovespa, a Telebras justificou as oscilações recentes como uma característica dos mercados de capitais. A princípio, o analista avalia que toda a divulgação tem efeito de estimular os investidores a comprarem, mas na sequência os papéis tendem a voltar para o estado inicial, em função do excesso de expectativa gerada em torno do comunicado. “A maioria das empresas que tem essa alta baseada em notícias tende a recuar, o que acaba sendo um movimento meramente especulativo. Apenas depois o mercado vai precificar esse anúncio de forma sustentada, mas até lá as ações devem fatalmente cair”, argumentou.