Empresa resultante da fusão entre Fibria e Suzano se chamará Suzano SA

Em teleconferência, companhias destacaram o cronograma para a combinação dos seus negócios; a Suzano SA será listada na NYSE em 10 de dezembro

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Com a fusão com a Fibria (FIBR3) entrando em seus estágios finais após a aprovação pelos órgãos reguladores da Europa, a Suzano (SUZB3) realizou uma teleconferência nesta sexta-feira (30) destacando as mudanças e o cronograma para a combinação dos seus negócios. 

A empresa resultante da união de Fibria e Suzano se chamará Suzano S.A. e o logo utilizado será o que já usado atualmente pela Fibria. Marcelo Bacci, atual CFO (Chief Financial Officer) atuará na mesma função na nova companhia, que terá capacidade de produção de 11 milhões de toneladas por ano. 

A Suzano SA será listada na NYSE (New York Stock Index) em 10 de dezembro. Durante a teleconferência, as companhias ainda destacaram que os recursos para que a fusão seja concluída estão assegurados. 

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Vale destacar que as ações da Suzano já sobem 10% desde que foi anunciada a aprovação final para a fusão, com a autoridade da concorrência da Europa chancelando a combinação de seus negócios e bases acionárias, com termos mais brandos  do que o esperado pelo mercado.

Foi requerido o encerramento antecipado do contrato para fornecimento de celulose de fibra curta celebrado entre Fibria e Klabin para que a operação fosse aceita. 

O anúncio foi visto como bastante positivo, com analistas vendo como uma possibilidade para destravar um grande valor de mercado para a nova companhia.

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A XP Research ressalta que as ações da Suzano negociam a 4 vezes o EV/Ebitda (valor da empresa sobre o Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e, assumindo o preço da celulose de US$ 750 a tonelada (patamar atual) para 2019, com o dólar a R$ 3,85, a avaliação é de que o fluxo de caixa livre alcance 20%. “Parece extremamente atrativo na nossa visão, com viés de médio-longo prazo”, explica.

“Reconhecemos que a ação possa continuar descontada no curto prazo por conta de uma queda nos preços da celulose, mesmo que pequena, assim como por uma preferência entre os investidores locais por nomes mais voltados para o mercado doméstico. Vemos Suzano mais como uma história de 2019”, explica a XP. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.