Vacina, liquidez, estímulos e Banco Central: por que a Novus acredita na alta da inflação

Luiz Portella explicou por que a Novus acredita na alta da inflação e no enfraquecimento do dólar.

Renato Santiago

Com a provável volta à normalidade do país nos próximos meses e o “caminhão de estímulos” na economia no Brasil e no mundo, a Novus Capital vem montando posição apostando na aceleração da inflação no país. 

Foi o que mostrou Luiz Eduardo Portella no Coffee & Stocks desta segunda-feira. O Coffee & Stocks é um programa semanal do Stock Pickers que acontece todas as segundas-feiras no nosso canal do YouTube. Clique aqui para se inscrever e não se esqueça de acionar o sininho.

“Depois da outra crise [2008], que foi financeira, vimos os bancos evitando emprestar dinheiro e excesso de regulação no setor”, afirma Portella. “Na crise de hoje, saindo a vacina, o mundo deve voltar ao normal. Aqui já estamos vendo isso: um movimento normal, só que todos estão de máscara”, diz.

Os gráficos abaixo mostram como os setores menos afetados pela pandemia já estão puxando a inflação para cima:

Além dos dados do IPCA, a posição em inflação tem mais dois racionais: o primeiro é a proteção contra os problemas fiscais do Brasil e o segundo é a ação do Banco Central. “[A inflação] é para onde o Banco Central está mirando. Ele está colocando a barra muito alta para voltar a subir juros no ano que vem”, conclui.

Dólar

A Novus continua apostando em sua tese de enfraquecimento estrutural do dólar. Portella conta que chegou a zerar a posição quando o euro chegou a US$ 1,20, mas remontou-a depois. “Toda essa liquidez vai demorar muito para ser retirada, e será gradualmente. Isso vai ajudar muito nessa tendência de dólar fraco”, conclui.

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Renato Santiago

Renato Santiago é jornalista, coordenador de conteúdo e educação do InfoMoney