Um duro 2023 que mascara o “céu de brigadeiro” implícito no mercado

O ‘grande filosofo dos mercados’ Ruy Alves, gestor macro global da Kinea, fez um balanço do ano na edição desta semana do Stock Pickers

Lucas Collazo

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O ano de 2023 caminha a passos largos para seu fim. Grandes aprendizados, muitas conquistas, mas acima de tudo: que aninho difícil, hein?

Abrimos o ano com o caso Lojas Americanas (AMER3), logo após uma corrida bancária nos EUA que não assistíamos desde 2008 e que acarretou a quebra do SVB. Apagaram a luz da Light, recuperações judiciais aos montes, uma nova (e triste) guerra, reforma tributária, arcabouço fiscal e por aí vai.

Para os investidores brasileiros, o resumo foi volatilidade. A bolsa brasileira foi “resolver o jogo” só em novembro, os juros futuros fecharam agora no fim do ano depois de aberturas e fechamentos, o dólar teve diversas tendências e o real foi um “saco de pancada” por muitos momentos.

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A indústria de fundos de crédito sofreu com os casos de Americanas e Light, resgates forma provocados. Os multimercados vivem sua pior fase desde 2008, os fundos de ações não param de assistir resgates.

Diversas gestoras de recursos desapareceram do mapa, simplesmente fecharam suas portas ou foram incorporadas por outros agentes. Aliás, talvez esse movimento esteja apenas começando.

A recessão dos EUA que viria, não deu as caras. A inflação no mundo que parecia não ter solução no mundo, converge numa velocidade que ninguém esperava.

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Para nós, mais um ano em que o brasileiro perde interesse por conteúdos sobre investimentos e mercado de capitais. Um ano duro em todos os sentidos.

A pergunta real deveria ser: qual ano foi fácil?

Claro que, desde 2020, tudo parece ter ficado mais incerto e a componente de dúvida fica cada vez maior. Entretanto, todo ano apresenta seus desafios para a indústria financeira, especialmente para aqueles que fazem gestão de recursos ou perseguem a educação financeira no Brasil.

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No último episódio ao vivo do Stock Pickers em 2023, foi esse o enredo. Recebemos Ruy Alves, gestor macro global da Kinea.

Conhecido por ser um grande “filosofo” dos mercados, ele traz visões estruturais e fora do comum em todas as suas participações. Eu saí do episódio com uma sensação de que vamos precisar repensar muitos fatores daqui em diante.

Parte relevante das componentes do cenário parece ser inédita. Olhar pelo retrovisor ou por uma bola de cristal não resolveram nossa vida enquanto investidores e investidoras.

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Fizemos mais de duas horas de conteúdo, passamos por diversos pilares, diria que é obrigatório. Recomendo que você assista ou escute nas plataformas de podcast.

Gostaria de aproveitar para agradecer sua audiência ao longo desse ano. Seja nos meus textos aqui no InfoMoney e no conteúdo de áudio e vídeo do Stock Pickers.

Você é a real inspiração para fazer o que fazemos com tanto amor. Completei dois anos na casa, um biênio junto ao time frente ao principal canal independente do mercado financeiro brasileiro.

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Mesmo com esse cenário que descrevi acima, crescemos mais uma vez, segundo ano consecutivo de crescimento. Fizemos grandes amigos, aprendemos demais e nos emocionamos com todos aqueles que investem seu tempo para consumir aquilo que produzimos.

Nosso time é jovem, sabemos da responsabilidade que carregamos, somos perdidamente apaixonados pelo nosso trabalho, por nossa história empreendedora. Toda essa alegria só é possível por você escolher clicar nos nossos conteúdos.

O Stock Pickers segue com a agenda especial de fim de ano até a primeira semana de janeiro. Teremos programas gravados todas as quintas-feiras.

Desejo boas festas, um excelente 2024 e que possamos permanecer juntos no ano que vem! Muito obrigado.

Lucas Collazo

Host e conselheiro no fundo do Stock Pickers | Especialista em alocação e fundos de investimento no InfoMoney