Tecnologia, venture capital e barreiras de crescimento: o caso do Grupo Soma

Grupo que reúne marcas de moda catalisou processos de mudança durante a pandemia

Renato Santiago

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Você deve ter ouvido falar algumas vezes nos últimos meses que a pandemia aceleraria a transformação digital do planeta. Há um ano vivendo com restrições, já começamos a ver os primeiros resultados dessa transformação. 

Nesta quinta-feira, no Coffee & Stocks, conversamos com Felipe Gondim, da Atlas One, (conheça o fundo aqui) que nos explicou o peso da tecnologia no negócio do Grupo Soma (SOMA3), que reúne marcas de vestuário como Animale e Farm. Abaixo os principais pontos da conversa.

O grupo

O Soma começou com a Animale, mas hoje é uma plataforma de marcas. São oito ao todo: uma masculina, uma infantil, e o restante de vestuário feminino. O grupo tem duas frentes de crescimento: orgânico, com as marcas já existentes, e por meio de aquisições de novas marcas. 

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A companhia adquiriu recentemente a NV e criou uma seção de venture capital, focada em novas aquisições. O foco é buscar marcas promissoras em estágio inicial, que possam crescer com a expertise de produção e back office do Soma, mantendo os fundadores como sócios focados na marca e no produto.

Tecnologia e eficiência da cadeia

O setor de moda tem uma cadeia muito difícil de ser administrada. As grandes marcas têm o que chamamos de faccionistas, ou seja, empresas menores que produzem as peças e isso é muito difícil de administrar. É preciso ter expertise, e mesmo assim o risco é grande, pois o capital é investido com muita antecedência — entre o início da coleção e a chegada da peça na loja, pode passar um ano. Se algo dá errado, o dinheiro, a empresa pode estar em apuros.

A empresa tem o Soma Labs, que ajuda muito a empresa a diminuir esses riscos. Ela ajuda a empresa a focar nos produtores de maior eficiência e ter mais precisão em uma coleção por exemplo. Antes de ser lançada, a coleção é mostrada para a equipe de vendas e gerentes, para que possam votar nas melhores e opinar. A pandemia catalisou tudo isso.

Barreira de crescimento

Não podemos dizer que o negócio do vestuário tem uma grande barreira de entrada, mas esse nicho de moda tem muitas barreiras de crescimento e perpetuação. E o grupo Soma está bem posicionado em relação a isso, pois ter uma cadeia eficiente, marcas fortes, boas coleções e capital para investir antes não se consegue rápido nem facilmente.

Para ouvir a conversa completa, clique no play.

Renato Santiago

Renato Santiago é jornalista, coordenador de conteúdo e educação do InfoMoney