Reação do mercado ao “7 de Setembro” deve ser calma – mas não se iluda com isso

Para CIO da Grimper, manifestações em tom pacífico reduziram o "risco institucional", mas ambiente de negócios deve seguir muito ruim até o fim das eleições

Thiago Salomão

Publicidade

(CONDADO DA FARIA LIMA) – Como deve ser a reação do mercado brasileiro às manifestações de “7 de Setembro” que mobilizaram milhares de pessoas em várias cidades do Brasil? Essa foi a principal pergunta do Coffee & Stocks desta quarta-feira (8) e quem responde ela é Sylvio Castro, chefe de investimentos da Grimper Capital.

Confira a conversa no vídeo acima ou direto em nosso canal no youtube (link aqui). Abaixo, veja os melhores momentos da entrevista:

– Disclaimer do entrevistado: Antes de analisar o que aconteceu ontem, vamos dar um passo atrás. Não podemos esquecer que somos um emergente produtor de commodities e que hoje as bolsas estão em queda lá fora. 

Continua depois da publicidade

– E qual é o problema disso? Coloque-se na situação do empresário: se ele está vendo esse tom do presidente e também vê inflação subindo, o BC elevando os juros e encarecendo o capital e a agenda de reformas ficando travada… a minha sensação é que os empresários vão esperar mais um pouquinho [para investir]. Ou seja, não devemos esperar um crescimento muito robusto da economia. Diante disso, o “prêmio de risco” do Brasil não vai fechar [diminuir].

(obs: Enquanto escrevia este resumo, mercado começava o dia no negativo na B3: às 9h17, o Ibovespa Futuro apontava queda de 0,88%, a 117.315 pontos, enquanto o dólar futuro subia 0,96%, a R$ 5,236, e os juros futuros avançavam tanto nos vencimentos curtos quanto nos longos)

Thiago Salomão

Idealizador e apresentador do canal Stock Pickers