Por que investimento global não é só sobre câmbio e proteção

WHG nasce com vocação de buscar modelos de negócios vencedores no mundo inteiro, inclusive no Brasil

Renato Santiago

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Há pouco mais de seis meses, com a abertura dos BDRs (recibos de ações estrangeiras negociados no Brasil) para o investidor comum, as ações internacionais entraram de vez no radar dos brasileiros (pelo menos dos que estão na Bolsa). Muitos, no entanto, enxergam as ações no exterior apenas como uma proteção e investimento em dólar. 

É essa visão que a WHG, casa recém-criada com foco em investimentos globais, tenta quebrar com sua proposta de investimentos em ações internacionais. O motivo é simples: “No Brasil, 25% das empresas têm retornos altos. No S&P, 75%. É um aquário melhor para pescar”, diz Daniel Gewehr, da WHG, no Coffee & Stocks desta terça-feira (1).

A WHG, segundo Gewehr, procura oportunidades pelo mundo pensando em ações de qualidade, e não apenas proteção ou ganhos cambiais. “Fundos no Brasil compram as ações de qualidade, mas no Brasil elas custam 30 ou 40 vezes o lucro. Lá fora conseguimos comprar modelos de negócios ainda melhores, que crescem mais e por uma avaliação mais barata que no Brasil”, conclui.

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As ações

A WHG é global, o que não significa que tenha apenas ações estrangeiras. “Temos 11% da carteira em Brasil, com uma posição em Petrobras. Enxergamos uma oportunidade muito grande na empresa”, afirma. Das grandes empresas de tecnologia, a preferida da WHG hoje é o Facebook: “A empresa negocia a um valor baixo, de 19 vezes o lucro, mas o WhatsApp ainda não tem participação nos resultados”, conclui. Para ver a conversa completa, clique no play acima.

Renato Santiago

Renato Santiago é jornalista, coordenador de conteúdo e educação do InfoMoney