FIQE3: É o filé mignon da Oi, com muito menos dívida

Gabriel Porto, da Iridium, explica por que investe em Unifique

Renato Santiago

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Gabriel Porto, da Iridium, começou a estudar o mercado de telecomunicações por fibra óptica quando a Oi (OIBR3) entrou com um pedido de recuperação judicial em 2016. Ali, explica Porto, ficou evidente que a demanda por esse tipo de serviço só iria crescer. 

Com o tempo, a tese amadureceu e se transformou em investimento — não na Oi, mas em uma companhia que ele considera ser “como o filé mignon da Oi, mas muito menos alavancada”. A tese, que vai muito além dessa comparação, foi o assunto do Coffee & Stocks desta quinta-feira. Abaixo, os principais trechos.

Consolidadores regionais

Quem mora em metrópoles costuma achar que só existem as grandes provedoras de internet, como Claro, Vivo e Oi. Mas nos mercados menores existem empresas que estão fornecendo internet por fibra óptica com bons resultados. As maiores, como a Unifique (FIQE3), que opera em Santa Catarina e Paraná, já estão atuando como consolidadoras do mercado.

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IPO e valores

A Unifique estreou na bolsa no último dia 30, captando cerca de R$ 800 milhões. Cerca de 40% desse dinheiro deve ser usado em aquisições e a empresa pode entregar um retorno anualizado médio de 20% ao ano. Para isso acontecer, ela tem que sair de um valor de mercado de R$ 3 bilhões, com cerca de 380 mil conexões, para R$ 7 bilhões, com mais ou menos 1 milhão de conexões. Como só com o dinheiro do IPO ela já deve chegar a 800 mil clientes, acho até que essa meta de crescimento é conservadora.

Comparando com a Oi

Se analisarmos hoje a V.tal, que é a empresa de fibra ótica da Oi, percebemos que é um ativo muito bom, mas do qual você vai ter infelizmente só 40%. O acionista de Oi leva junto um legado de concessões e alavancagem muito alta. O problema da Oi é que temos uma coisa muito boa que vai gerar algo de bom no longo prazo e algo muito ruim que vai pesar no curto prazo.

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Renato Santiago

Renato Santiago é jornalista, coordenador de conteúdo e educação do InfoMoney