Como a Apple fatura “um McDonald’s” apenas vendendo fones

Um mergulho no balanço da empresa com o vice-presidente de análise do Morgan Stanley

Josué Guedes

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Que a Apple é uma gigante, todo mundo sabe. Ela representa um quarto do S&P 500, mas poucos entendem como ela continuará crescendo como Erik Woodring, vice-presidente de Equity Research do Morgan Stanley. Woodring é o convidado internacional do Global Pickers desta quarta-feira.

“Em 2010, a Apple gerou US$ 65 bilhões de receita. Nós acreditamos que nos próximos 12 meses a Apple vai gerar US$ 335 bilhões de receitas. É algo sem precedentes”, comentou Woodring.

Para Woodring, o que a Apple faz hoje é capturar o tempo das pessoas de uma forma que nenhuma outra empresa é capaz de fazer — e essa é uma das apostas para o crescimento da empresa.

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“Eu tenho um iPhone, um iPad, uso Airpods, estou com meu Apple Watch agora… E tudo que eu faço quando o assunto é interagir com tecnologia é feito através de um dispositivo Apple. Isso significa que eu estou mais propenso a atualizar meus dispositivos Apple do que qualquer outro que alguém venha a ter. E no final das contas isso significa uma retenção muito alta”, explicou Woodring.

Há cinco anos, a Apple era vista como uma empresa de hardware cíclica. Ou seja, ela tinha ciclos de produtos. Mas hoje não é mais o caso. Atualmente, a Apple tem um ecossistema, do qual tira muita dinheiro. Segundo Woodring, se os Airpods fossem uma empresa separada, teriam receita maior que o McDonald’s. E os fones são apenas 6% das receitas da Apple.

Além disso, existem outras apostas da empresa para continuar crescendo, porque esse é um dos vetores de crescimento da Apple: inovação.

Saiba mais sobre os números, projetos e perspectivas da Apple no Global Pickers, apresentado pelo Guilherme Giserman no Stock Pickers. Clique no play no começo da página.