Bolsa barata e exterior em crise: é hora de olhar para o Brasil? 

Sara Delfim, Murilo Freiberger e José Rocha, da Dahlia Capital, falaram da posição otimista da casa com o mercado local

Rafaella Bertolini

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O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2% no segundo trimestre deste ano frente ao trimestre anterior, marcando o quarto resultado positivo consecutivo. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o crescimento do PIB foi de 3,2%. O número veio acima do esperado e alguns grandes bancos já revisaram estimativa de crescimento para próximo de 3% em 2022, muito além do que era projetado no início do ano.

Além disso, o Banco Central sinalizou o fim do ciclo de alta na taxa de juros no Brasil e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referente ao mês de julho, apresentou a primeira deflação em mais de dois anos.

Se no macro o cenário parece ser positivo, no micro não é diferente, conforme destacaram Sara Delfim, Murilo Freiberger e José Rocha, da Dahlia Capital, no podcast Stock Pickers.

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De acordo com Sara Delfim, sócia e gestora da Dahlia, há muitas opções a bons preços. “Na nossa Bolsa tem muita coisa barata e de qualidade”, diz ela.

Mas o momento ainda pede cautela, pois diferente do cenário interno, no exterior a situação não é muito positiva. Para os gestores da Dahlia, para uma posição ainda mais comprada em Brasil, é preciso que haja uma maior harmonia nas grandes economias, pois os fatores internacionais ainda respingam na nossa Bolsa.

Hora de olhar para Brasil 

De todo modo, para a casa, a hora é de comprar bolsa brasileira em proporções nunca antes vistas. “Apesar da posição neutra no agregado, a posição de Brasil é muito relevante”, conta José Rocha, sócio e gestor da Dahlia. Isso porque, de acordo com ele, o país está  no menor nível de valuation dos últimos 25 anos.

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O varejo ainda está descontado? 

Com as performances fortes do setor surge a dúvida de se ainda há espaço para elas caminharem. Para Sara, o segundo semestre vem com alguns desafios para o varejo.  O juro — mesmo no final do ciclo de aumentos — segue em nível alto. A Copa do Mundo no quarto trimestre coincidirá com outras datas importantes, também, o cenário é extremamente competitivo entre os grandes players como Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3), entre outras do segmento, que disputam o mesmo público.

Por isso, a Dahlia Capital ainda monitora bem o setor. Para a casa, ainda que os papéis estejam a valores considerados baixos, há opções com “risco-retorno” mais atrativo no radar.

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Para mais detalhes sobre a posição da casa em Brasil, além dos ruídos nas grandes economias mundiais, não deixe de escutar o episódio 161 do Stock Pickers.

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Rafaella Bertolini

Editora de redes sociais do Stock Pickers e Do Zero ao Topo. Escreve reportagens sobre empreendedorismo, gestão, inovação e mercados para o InfoMoney.