A fila de IPOs só cresce na bolsa

Gestores dizem que sem conhecer a empresa, às vezes é melhor esperar para comprar as ações

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(Shutterstock)

Quanto mais IPOs são feitos na bolsa brasileira, mais a fila aumenta. No ano passado, a bolsa terminou com 25 IPOs e uma fila de 40 empresas para lançar suas ações. Neste ano, já foram 13 IPOs e mesmo assim a fila continuou crescendo e já são quase 50 empresas na lista de espera.

Só em março, 10 empresas registraram suas ofertas para análise, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Isso sem contar as empresas brasileiras que vão direto para a Nasdaq.

Mas com tanta oferta, o investidor precisa redobrar a atenção na análise dessas companhias. Um ponto básico é avaliar o preço justo das ações e entender o melhor momento de comprar ou vender. Por isso que o Stock Pickers fez um curso em que o nome já diz tudo: Valuation Raiz. O curso ainda ensina a olhar detalhadamente as demonstrações financeiras das empresas.

As demonstrações financeiras são tão relevantes que muitos analistas preferem ficar de fora do dia do IPO e comprar a empresa uns 4 ou 5 meses depois, quando a empresa já prestou mais informações ao mercado.

Na oferta inicial, a assimetria de informação é muito grande. “Quem está comprando sabe pouco e quem está vendendo sabe muito”, como disseram dois stock pickers raiz, Ary Zanetta, da Brasil Capital, e Marcelo Cavalheiro, da Safari, em uma conversa cheia de dicas neste episódio do Stock Pickers.

“Para quem pensa em longo prazo, como nós, na maioria das vezes faz mais sentido esperar alguns meses, ver uma divulgação de resultados, diminuir a assimetria de informação e aí sim fazer o investimento”, afirma Zanetta, da Brasil Capital.

Para entrar num IPO, o investidor precisa conhecer a empresa, estudar o mercado em que ela atua, saber quem são os executivos e os principais acionistas. Zanetta e Cavalheiro também lembram que de qualquer forma acompanhar a oferta inicial é muito importante pois ali é possível conhecer melhor os donos da empresa, quais os objetivos de longo prazo, se estão comprometidos com a companhia.

“O dinheiro vai ser usado para a empresa crescer? Para premiar o empresário? Para um fundo de private equity sair do negócio? Tudo isso importa muito”, diz Cavalheiro.

“Muitas empresas que parecem caras no IPO, depois elas se transformam”, conta o gestor que comprou Petz, por exemplo, 4 meses depois da oferta inicial. “14 (reais) parecia cara, 18 (reais) parecia cara. Chegou a 23 neste ano”. Agora em março a ação está em torno de 20 reais, mas mesmo assim o papel tem sido considerado um bom ativo dada a qualidade do negócio, o mercado de pets que só cresceu na pandemia e a liderança que a empresa tem no setor.

Outro ponto levantado por Tiago Salomão, analista da RICO e fundador do Stock Picker, que precisa ser bem avaliado pelo investidor na hora de entrar num IPO é o rateio.

Quando uma oferta é um sucesso, o investidor acaba ficando com uma parte muito pequena do que queria comprar. Foi o caso da Mosaico, empresa que é dona de site de comparação de preços, que simplesmente dobrou de valor na estreia da negociação das ações. Se o IPO não é tão bom assim, o investidor acaba levando tudo.

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