Analista diz por que comprar Souza Cruz agora mesmo após resultado nada excepcional

Números que não importam tanto agora em vista da OPA de ações que está para ser realizada, diz analista, que estima que reavaliação do preço da oferta pode subir para faixa entre R$ 28,60 e R$ 29,90

Paula Barra

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SÃO PAULO – A fabricante de cigarros Souza Cruz (CRUZ3) reportou ontem à noite seu resultado do primeiro trimestre. Sem grandes surpresas, o resultado da companhia veio em linha com o que o mercado já esperava: crescimento singelo na receita e lucro líquido. Números que não importam tanto agora em vista da OPA (Oferta Pública de Aquisição) de ações que está para ser realizada. 

A opinião é do analista independente Flávio Conde, que vê na reavaliação do preço da oferta uma oportunidade para os investidores e recomenda a compra do papel. Para ele, o novo valor ser elevado entre 10% e 15%, indo para uma faixa entre R$ 28,60 e R$ 29,90.

Em 9 de abril, a companhia aprovou a realização de uma nova avaliação para determinação do valor das ações da companhia, o que significa que o valor deve aumentar proporcionando um ganho maior aos detentores das ações. O preço da oferta estava em R$ 26,13 e as ações fecharam a última segunda-feira (27) a R$ 25,99. “Quem não tem a ação pode comprar e esperar pelo novo valor”, disse.

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O estudo foi encomendado ao Credit Suisse, que tem até o dia 9 de maio para apresentar a avaliação. A avaliadora tem prazo de 30 dias para concluir o novo laudo de avaliação, cujo resultado será comunicado pela empresa ao mercado. 

Sobre o resultado do primeiro trimestre, Conde diz que os números mostraram um crescimento baixo e, às vezes, com queda devido a fatores extraordinários como foi nesse primeiro trimestre com a antecipação por parte do varejo de compra de cigarros no final de dezembro para aproveitar o aumento de preços para o consumidor. Ele comenta que isso não deverá ocorrer mais no restante do ano e as vendas e lucros devem voltar ao patamar “normal”. 

A empresa encerrou com lucro líquido de R$ 469 milhões no período, mas que só foi possível devido (já que tudo indicava que viria uma queda) a menor taxa efetiva de imposto de renda. A Souza Cruz pagou menos imposto sobre lucro, depois de abater o subsídio fiscal das suas operações em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, e da Usina de Processamento de Fumo de Santa Cruz do Sul. O volume de vendas da empresa, no entanto, caiu 11,4% na comparação anual.