Souza Cruz nega rumores e diz que não há “nenhuma intenção” em recomprar ações

Assessoria de imprensa da companhia enviou nota ao InfoMoney negando os rumores veiculados na véspera; mesmo assim, papéis subiram pelo 3º dia e acumulam ganhos de 11,3% neste período

Thiago Salomão

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SÃO PAULO – A Souza Cruz (CRUZ3), por meio de sua assessoria de imprensa, negou os rumores de que estaria estudando uma possível recompra de suas ações no mercado – fato este que coincidiu com a disparada dos papéis da companhia nos últimos dias. Mesmo assim, os ativos da fabricante de cigarros subiram novamente nesta sexta-feira (11), tendo fechado na máxima do dia e alcançado seu maior patamar desde 17 de janeiro.

“A Souza Cruz vem esclarecer ao mercado que não há nenhuma intenção em efetuar tal recompra”, disse a assessoria em nota enviada ao InfoMoney, ressaltando que a nota veiculada foi baseada apenas em rumores “extra-oficiais”. Na véspera, a assessoria de imprensa não foi localizada para dar esclarecimentos, enquanto o gerente responsável pela área de Relações com Investidores – que tem sede no Rio de Janeiro – estava em São Paulo.

Nesta sessão, as ações CRUZ3 subiram 1,54%, para R$ 22,44, após ter marcado na véspera valorização de 6,71% – sua maior alta diária desde setembro de 2008. Assim como nos 2 pregões anteriores, o volume financeiro negociado pelo papel na Bolsa ficou bastante acima da média diária, sinalizando uma forte procura dos investidores pelos ativos da companhia.

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Com alta nos últimos três dias, a ação soma ganhos de 11,2% neste período, bem acima do Ibovespa, que entre 9 e 11 de abril marcou leve alta de 0,4%.

Em relatório divulgado nesta sexta-feira, a Planner Corretora avaliou que uma possível recompra de ações pela Souza Cruz – que seria a primeira da história da empresa – faria bastante sentido, tendo em vista as quedas acumuladas pelo papel na Bolsa do começo de 2013 para fevereiro de 2014, tomando de R$ 31 para R$ 19. Além disso, a empresa possui um confortável caixa de R$ 1,4 bilhão, 48% acima do total de financiamentos da fabricante de cigarros.

A Planner destacou ainda a movimentação atípica das ações CRUZ3, que não condizem com o histórico “conservador” da empresa na Bolsa. Segundo a corretora, a Souza Cruz tem um “beta” – índice que mede a correlação do retorno da ação com o Ibovespa em determinado período de tempo – de 0,25; na prática, quando o Ibovespa sobe ou cai 1%, a ação vai no mesmo sentido mas com variação de 0,25%. 

Thiago Salomão

Idealizador e apresentador do canal Stock Pickers