Receita apreende carga ilegal do Mounjaro avaliada em R$ 1 mi no Aeroporto de Recife

Comercialização da caneta emagrecedora da farmacêutica Eli Lilly começa no Brasil oficialmente em junho

Estadão Conteúdo

Mounjaro, da Eli Lily (Divulgação)
Mounjaro, da Eli Lily (Divulgação)

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Uma carga de 389 canetas do Mounjaro (tirzepatida) foi retida pela Inspetoria da Receita Federal na madrugada de domingo, 13, no Aeroporto Internacional do Recife. A mercadoria foi avaliada em aproximadamente um milhão de reais.

Segundo o programa Fantástico, o viajante era procedente do Reino Unido e transportava de forma irregular unidades do medicamento injetável, usado no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, sem receita médica nem autorização da Anvisa.

Segundo a Receita Federal, o passageiro foi liberado mas poderá responder por processo criminal e perder a mercadoria. As canetas irão passar por perícia.

Similar ao Ozempic, o remédio tem sido a nova aposta da ciência para o emagrecimento. A comercialização do Mounjaro no mercado nacional ainda é proibida, mas ele tem previsão de chegada às farmácias brasileiras em 7 de junho.

Leia mais: Mounjaro é 47% mais eficaz na perda de peso que Ozempic, diz estudo

Até lá, a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite exclusivamente a importação por pessoas físicas mediante apresentação de receita médica. O medicamento foi aprovado pela agência federal em setembro de 2023 para o tratamento do diabetes tipo 2.

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Esta não foi a primeira carga do medicamento apreendida pela Receita Federal – pelo menos outros três passageiros tentaram entrar do País com centenas de canetas do Mounjaro desde o fim do ano passado, passando por aeroportos de diferentes capitais, mas acabaram tendo a carga interceptada.

A Receita tem feito um trabalho de inteligência para identificar os passageiros envolvidos no contrabando. Mais de 470 canetas já foram apreendidas neste ano.

Além da ilegalidade, o órgão alerta para as condições inadequadas no transporte irregular do medicamento, que deve ser mantido sob refrigeração.

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A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) estabeleceu que o preço para o consumidor poderá variar de R$ 1.523,06 a R$ 4.067,81 no mercado brasileiro, a depender do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) em cada Estado, da dose e da quantidade de canetas para aplicação por embalagem.