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O Solimões, um dos dois maiores afluentes do Rio Amazonas no Brasil, caiu ao seu nível mais baixo na segunda-feira (30), na pior seca já registrada na região amazônica, deixando vilarejos às suas margens sem comida, água e transporte.
Em Manacapuru, a cerca de 100 km rio acima da capital do Estado, Manaus, onde o rio se encontra com o Rio Negro para formar o Amazonas, a profundidade do Solimões era de apenas 3 metros, de acordo com a Defesa Civil.
Isso é 11 cm mais baixo do que o recorde anterior registrado, em 25 de outubro do ano passado.
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Faltando quase mais um mês para que as chuvas voltem e acabem com a estação seca, o nível do Solimões, que desce dos Andes no Peru, deve cair ainda mais nas próximas semanas, aprofundando a crise para as comunidades ribeirinhas.
Os vilarejos ficaram isolados, sem transporte em águas rasas demais para serem percorridas por barcos, e estão sem suprimentos de alimentos e água potável.
O leito exposto do rio Solimões se transformou em um enorme e longo banco de areia que os moradores têm de atravessar a pé por duas horas para chegar em casa carregando suas compras sob um sol escaldante.
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“Está muito difícil, porque temos que vir todos os dias, caminhar pela praia e cruzar o rio… carregando as coisas”, disse a jovem Taciara Souza Oliveira.
Barcos ficaram encalhados nas margens dos rios e alguns ficaram travados nas dunas de areia, em áreas que antes eram navegáveis para grandes barcos.
“A seca está forte… e ainda estamos no mês de seca, então temos que fazer esse sacrifício para chegar até onde vivemos”, afirmou o morador ribeirinho Manuel de Castro.
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A pesca é a principal fonte de proteína para as comunidades ribeirinhas e para os povos indígenas da floresta tropical, mas os peixes desapareceram e muitos morreram em águas rasas que são quentes demais para sobreviverem.
Os ambientalistas afirmam que as mudanças climáticas e o aquecimento global estão secando os rios da Amazônia e provocando incêndios florestais sem precedentes que estão destruindo a vegetação.