Publicidade
O Projeto Genoma e o Fundo Patrimonial da Universidade de São Paulo (FPUSP) assinaram um acordo nessa semana com o objetivo de atrair recursos para pesquisas de novos tratamentos médicos.
Segundo o professor Hélio Nogueira, presidente do Conselho de Administração do Fundo Patrimonial da USP, o fundo patrimonial foi formado para constituir reservas de apoio à universidade, e participa de outros projetos da universidade, como a USP Diversa.
A estratégia de captação de investimentos é baseada em doações, com metade dos recursos recebidos direcionados ao Fundo sendo investidos. O financiamento de outras iniciativas da universidade será feito apenas com os rendimentos resgatados.
Já a outra metade, destinada ao Projeto Genoma, será de utilização imediata em suas necessidades. A ideia é que os doadores vão conseguir promover resultados no curto prazo e perenes por meio dessa combinação.
Pacientes de Covid longa tentam se adaptar em meio a poucas chances de recuperação
Estudo aponta que pacientes que tem sintomas por mais de seis meses apresentam chances menores de recuperação integral
Dia Mundial do Diabetes: diagnóstico precoce é essencial para diminuir os casos
Doença pode ser prevenida em vários casos, mas mesmo assim tem crescido número de atendimentos ambulatoriais, segundo dados compilados com exclusivamente ao InfoMoney
Inovação na genética
O projeto, liderado pela professora Mayana Zatz, especialista no assunto, vai contribuir para aumentar as pesquisas por tratamentos inovadores no campo da genética. É a primeira parceria de mobilização de recursos do Fundo voltada para a área da ciência e inovação.
Uma das pesquisas que receberá benefícios da parceria será o Projeto 80+, que investiga características genéticas de pessoas idosas que se mantêm saudáveis. O objetivo é “identificar variantes genéticas ‘protetoras’ e mecanismos responsáveis pelo envelhecimento saudável”, disse Mayana Zatz.
Continua depois da publicidade
Além disso, há mais um estudo que também está sendo desenvolvido no Projeto Genoma, a respeito do Zika vírus, que levou muitas mães a terem filhos com microcefalia.
Os pesquisadores estão usando o fato do Zika vírus destruir células neuroprogenitoras (relacionadas ao cérebro e ao sistema nervoso) para usá-lo no combate a tumores cerebrais.
O Projeto Genoma também inclui outras pesquisas importantes, como a de xenotransplante, que são transplantes de órgãos de animais, especialmente de suínos, em humanos, e estudos genéticos sobre o autismo na população brasileira.
Continua depois da publicidade
“Essa parceria será muito importante para divulgar o que realizamos e ajudar na captação de recursos para o estudo de novos tratamentos. Temos muita coisa para fazer”, comenta Mayana.
O Fundo Patrimonial da USP foi criado em 2021 e iniciou suas operações em 2023. Hoje, já passa da marca de R$ 18 milhões em captação de recursos que foram aplicados no mercado financeiro para gerar rendimentos.
A utilização desses rendimentos apoia seis temáticas: pesquisa e inovação, saúde, inclusão social, infraestrutura, meio ambiente e cultura.