Caso de febre Oropouche é confirmado em Ubatuba; veja quais são os sintomas

Sintomas são semelhantes aos de outras doenças causadas por vírus transmitidos por insetos, como dengue e chikungunya

Victória Anhesini

(Foto: Wikimedia Commons)
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O primeiro caso de febre Oropouche em Ubatuba foi confirmado pela prefeitura da cidade nesta quarta-feira (14). Esse é o sexto caso da doença na região do Vale do Paraíba e Bragantina, no estado de São Paulo, segundo informações do Ministério da Saúde.

A prefeitura confirmou um caso de febre Oropouche na zona norte da cidade, em uma área próxima a matas com grande presença do inseto Culicoides paraensis, mais conhecido como maruim, mosquito-pólvora ou pólvora.

A febre Oropouche é uma doença viral transmitida pelo inseto. Originalmente restrita à região Norte do Brasil, a condição tem se espalhado para outras partes do país, incluindo o estado de São Paulo.

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Os sintomas da febre Oropouche são semelhantes aos de outras doenças causadas por vírus transmitidos por insetos (arboviroses), como dengue e chikungunya.

Entre os sinais mais comuns da febre Oropouche estão: febre, dor de cabeça, tontura, dores no corpo, náuseas, vômitos, diarreia e sensibilidade à luz.

A Prefeitura de Ubatuba também destaca que os sintomas geralmente são leves, mas podem reaparecer entre 7 e 14 dias após a primeira manifestação.

Segundo o Ministério da Saúde, as cidades de Bananal, Caraguatatuba, Cruzeiro, Jacareí, São Sebastião e agora Ubatuba possuem casos confirmados de febre Oropouche.

Sobre a doença

A febre Oropouche é transmitida por mosquitos. Quando há picadas dos insetos em uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no organismo do mosquito por alguns dias. Se ele picar outra pessoa saudável dentro desse período, a doença é transmitida.

O Ministério da Saúde destaca que a febre Oropouche possui dois ciclos distintos de transmissão: o silvestre e o urbano.

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No caso do ciclo silvestre, a transmissão ocorre em áreas de mata, onde animais como macacos e bichos-preguiça atuam como reservatórios do vírus. Diversos mosquitos podem estar envolvidos nesse ciclo, incluindo o Coquillettidia venezuelensis e o Aedes serratus. O principal vetor, no entanto, é o Culicoides paraensis.

Já no ciclo urbano, que ocorre em áreas habitadas por seres humanos, as próprias pessoas tornam-se os principais hospedeiros do vírus. O maruim continua sendo o principal transmissor, mas outros mosquitos urbanos, como o Culex quinquefasciatus (popularmente conhecido como pernilongo ou muriçoca), também podem transmitir o vírus.

Os sintomas da febre Oropouche são semelhantes aos de outras arboviroses, como a dengue e a chikungunya. Entre os sinais mais comuns estão:

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O diagnóstico da febre Oropouche exige uma combinação de avaliação clínica, epidemiológica e exames laboratoriais. Como seus sintomas se assemelham aos de outras arboviroses, como a dengue, a vigilância epidemiológica é necessária para identificar e controlar os casos.

A febre Oropouche raramente evolui para quadros mais graves, como meningite ou encefalite, e não existe tratamento específico para a doença. A recomendação médica é repouso, alívio dos sintomas e acompanhamento médico. Para prevenir a infecção, são indicadas as mesmas medidas adotadas contra a dengue, como o uso de repelentes, telas de proteção e eliminação de criadouros de mosquitos.