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Uma nova terapia para câncer de pulmão de pequenas células (CPPC) para pacientes em estágio avançado está foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No início de novembro, a agência pediu mais informações à farmacêutica que está desenvolvendo o medicamento, a Amgen, como parte da avaliação.
A nova terapia se chama tarlatamabe, desenvolvida a partir de uma molécula bispecífica chamada T-cell Engager (BiTE), que permite ao sistema imunológico do paciente procurar e combater as células cancerígenas em seu corpo.
Segundo estudos clínicos publicados em 2023, o medicamento tem uma taxa de resposta objetiva de 40% em relação ao tratamento e cerca de 59% desses pacientes mantêm essa resposta por pelo menos seis meses.
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Para que o tratamento fique disponível à população brasileira, ainda é preciso demais etapas de aprovação, como a aprovação do preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
A Amgen estima que o medicamento já tenha o início da comercialização a partir do primeiro semestre de 2025. Essa terapia tem foco em pacientes em estágio avançado da doença ou que não conseguiram respostas com o tratamento quimioterápico.
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Câncer de pulmão no Brasil e no mundo
O câncer de pulmão é um dos mais incidentes no mundo, representando 12,4% do total de casos anuais. Os dados fazem parte das estimativas da Organização Mundial da Saúde, OMS, e da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer.
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De acordo com os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), com estimativa de 2023, a incidência do câncer de pulmão correspondeu a 4,6% de todos os casos novos de câncer no Brasil.
Além disso, segundo os dados da INCA, pacientes de CPPC possuem uma das neoplasias malignas de tumores sólidos mais agressivos. Outro ponto importante a ser destacado é que não existem terapias aprovadas para pacientes que estão no estágio de tratamento de terceira linha até agora.
Ou seja, com uma abordagem terapêutica que é feita caso o paciente não tenha respondido no tratamento, ou ter recaído, aos dois tratamentos iniciais (primeira e segunda linha).
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Pesquisas realizadas em 2019 e 2022 apontam que o CPPC representa aproximadamente 15% dos casos de câncer de pulmão diagnosticados anualmente em todo o mundo.
“Em geral, esse tipo de câncer (CPPC) responde bem aos tratamentos iniciais, e muitos pacientes apresentam boas respostas à quimioterapia. No entanto, apesar dessa resposta inicial positiva, a maioria dos pacientes apresenta recaída (ou progressão) em poucos meses, precisando de novas opções de tratamento para controlar a doença.”
O especialista acredita que o novo tratamento é um avanço e uma esperança aos pacientes de câncer de pulmão de células pequenas.
“Tivemos oportunidade de comprovar os resultados em pacientes que não estavam respondendo tão bem aos protocolos vigentes”, ele afirma. Ele ainda destaca que foi possível observar que o tratamento é seguro e traz resultados promissores em termos de durabilidade da resposta e sobrevida dos pacientes.