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SÃO PAULO – O porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, declarou nesta quinta-feira (24) que o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, pode ficar abrigado na embaixada brasileira, em Tegucigalpa – capital hondurenha, pelo tempo que for necessário.
“É claro que o presidente Zelaya ficará na embaixada brasileira o quanto for necessário para que se resolva a situação. O Brasil deu abrigo para o presidente Zelaya, ele corre o risco de ser preso ao sair da embaixada”, afirmou Baumbach.
Sobre as pessoas que estão junto com Zelaya na embaixada, o porta-voz disse que o governo não vai selecionar quem precisa ou não de proteção. “Se as pessoas entraram na embaixada brasileira e pediram essa proteção se supõe que elas necessitem. O governo brasileiro não está preocupado no momento em fazer uma seleção de quem precisa ou não estar lá”.
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Surpresa?
De acordo com Baumbach, o pedido de Zelaya para ficar na embaixada brasileira foi uma surpresa. Mais cedo, em Nova York, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que sabia da volta do presidente deposto e ajudou a “despistar” autoridades enquanto o hondurenho tentava retornar ao país.
“O presidente Lula não autoriza que seja utilizada a embaixada para conchavos políticos. Acreditamos que exista possibilidade de solução negociada para esse problema. O Brasil acredita que a solução negociada já está a caminho”, afirmou.
Os líderes de Venezuela e Brasil irão se encontrar neste fim de semana para um encontro bilateral e para a ASA (Cúpula América do Sul-África), em Isla Margarita, na Venezuela. Ambos devem discutir a situação do golpe militar em Honduras.
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