Witzel nega participação em irregularidades e acusa Bolsonaro de interferência

Horas após ser alvo de operação, governador do Rio diz que "interferência anunciada pelo presidente [na PF] está devidamente oficializada"

Equipe InfoMoney

(Antonio Cruz/Agência Brasil)

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SÃO PAULO – O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), negou, nesta terça-feira (26), participação em esquema de fraudes em ações de saúde relacionadas ao combate à pandemia do novo coronavírus. Desde o início da manhã, agentes da Polícia Federal cumprem mandados de busca e apreensão em investigação sobre o caso.

A Operação Placebo buscou provas em endereços do Rio de Janeiro e de São Paulo, dentre eles o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio. A ação contou com 12 mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça.

“Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal”, afirmou o governador em nota.

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“Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará. A interferência anunciada pelo presidente da República está devidamente oficializada”, complementa.

O governador referiu-se à deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), uma das principais aliadas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no parlamento. Ontem (25), em entrevista à Rádio Gaúcha, a congressista disse que a Polícia Federal estava prestes a deflagrar operações contra desvios nas áreas de saúde nos estados.

Entre os endereços-alvo das buscas desta manhã também está a casa onde Witzel morava antes de ser eleito, no Grajaú, e no escritório de advocacia do governador, que antes de eleito foi juiz federal. A esposa do governador, Helena Witzel também foi alvo dos mandados.

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Investigadores apuram vínculo entre a primeira-dama e o empresário Mário Peixoto, preso há duas semanas por suspeitas de atuação ilícita na obtenção de contratos milionários com o poder público envolvendo hospitais de campanha durante a pandemia da Covid-19.

Também é alvo da operação Gabriell Neves, ex-subsecretário de Saúde do Rio, preso na Operação Mercadores de Caos, e o Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde), organização social contratada pelo governo estadual para a construção de sete hospitais de campanha.

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