William Waack: Trump livra a cara de Putin e dá importante lição para o Brasil

"Querer ser aliado de um país desses é complicado. Do ponto de vista dos EUA, eu me arrisco a dizer, Trump é o seu pior inimigo", afirma Waack

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Na última segunda-feira (16) ocorreu o aguardado encontro entre os presidentes do Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin. E mais do que qualquer acordo que pode ter ocorrido, chamou bastante atenção a forma como Trump “livrou a cara” do líder russo, destaca William Waack.

Segundo o jornalista, na coletiva de imprensa, o presidente norte-americano “desautorizou” o serviço secreto de seu país. “Eu já cobri muita entrevista coletiva de presidente americano e eu não me lembro de um presidente desautorizar os próprios serviços secretos”, afirma lembrando que o FBI acusa a Rússia de interferência nas eleições de 2016.

Waack destaca ainda mais cinco pontos em que Trump ajudou o que ele considera um “amigo”, como por exemplo as acusações do apoio russo à Síria, da guerra civil na Ucrânia, entre outros. E diante do que ocorreu nesta coletiva, o jornalista aponta que é possível ver como é o “mundo de Trump”, um presidente que xinga seus aliados, elogia adversários, dá preferência a acordos bilaterais em detrimento dos multilaterais, além de pensar apenas nos seus interesses.

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O encontro, segundo ele, traz lições para o Brasil. Waack destaca que Trump não vê acordos como um possível jogo de “ganha-ganha”, sendo que para ele, se um lado ganha, o outro sempre sai perdedor, isso em um universo em que não há apoio à acordos multilaterais. “Isso coloca o Brasil em uma encruzilhada. A gente precisa abrir o País de alguma maneira”, afirma ele lembrando da última edição do Painel WW, em que o tema foi discutido.

“As regras do jogos, se a gente julgar pelo que viu entre Trump e Putin, não valem mais. Vale apenas o que Trump acha que é bom para ele. Querer ser aliado de um país nesta situação é complicado. Do ponto de vista dos EUA, eu me arrisco a dizer, Trump é o seu pior inimigo”, conclui Waack.

Confira o comentário na íntegra:

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.