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SÃO PAULO – O aumento dos subsídios dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) aprovado no Senado na última semana gerou revolta na maior parte da população brasileira e tornou ainda mais difícil a resolução do grave problema fiscal para o País, uma vez que coloca na conta mais alguns bilhões a serem gastos obrigatoriamente pelo governo.
Porém, aponta William Waack em seu comentário, esse nem é o pior problema. Os novos governadores já passam o pires em Brasília, enquanto vários setores da economia pedem algum tipo de ajuda. Neste sentido, a reforma previdenciária nos estados terá de ser ainda mais dura do que da União.
“Não é apenas o dá lá, toma cá. Não são as articulações políticas de vingança para prejudicar ou não o novo presidente. O fato é que o País está totalmente fatiado de interesses corporativistas”, afirma o jornalista.
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Eles passam tanto por interesses do funcionalismo público (tendo como expressão o aumento dos ministros do Supremo), por regimes de aposentadorias dos estados e por interesses setoriais de indústrias e do agronegócio.
“Colocar todo mundo no mesmo barco, como diz o governo, e entender que, se a gente continuar assim, afunda todo mundo junto é o que eu chamo de articulação política”, avalia Waack.
Assim, ressalta ele, conseguir os 308 votos para aprovar esta ou aquela medida de alteração relevante da Constituição é a parte mais fácil. “A parte mais difícil é essa grande articulação política que, se for bem feita, leva o País a enfrentar essa questão. Não se trata de vingança política pessoal, aqui ou ali, a questão é que o País está fatiado em interesses corporativistas. Só que o dinheiro acabou, os cofres quebraram. Este é o grande desafio desse governo que ainda mal começou”, conclui.
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