Vitória de Angela Merkel causou um verdadeiro “terremoto eleitoral” na Alemanha

Resultado fraco pode transformar chanceler em um pato manco muito mais rápido do que os mercados financeiros pensam, afirma economista

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Contrariando os prognósticos dos analistas políticos, a quarta vitória consecutiva de Angela Merkel na eleições legislativas da Alemanha no último domingo (24) teve um gosto amargo para a chanceler, tendo em vista a margem apertada de votos e a força inesperada da extrema-direta, o que causou um verdadeiro “terremoto eleitoral” na maior economia da Europa.

O partido de coalizão de Mekel, formado pela CDU (União Democrata-Cristã) e CSU (União Social-Cristã da Baviera) conquistou 33% dos votos, uma queda de 8,5 pontos em relação há quatro anos atrás e marcou o pior resultado desde 1949, enquanto que os ultradireitistas do AfD (13%), que nas eleições de 2013 ficaram fora da disputa, se impuseram como “terceira força política” do país com 12,6% dos votos. Na avaliação do jornal alemão Bild, o resultado inesperado foi um “terremoto eleitoral” e deve dificultar a vida da chanceler alemã nesses quatro anos.

Em seu discurso após o resultado das eleições, Merkel afirmou que esperava um resultado melhor das urnas, como também advertiu que a entrada da extrema-direita no parlamento impõe um “novo desafio” para seu partido, que tem uma missão complexa em um cenário político fragmentado pelo avanço do AfD, segundo o jornal AFP (Agence France Presse). “Eu acho que todos os partidos têm uma responsabilidade de garantir que vai haver um governo estável”, afirmou Merkel.

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Apesar do discurso de conciliação, os analistas políticos acreditam que a chanceler alemã saiu enfraquecida do pleito pelo aumento do apoio à extrema-direita, resultado pela escolha de dois anos atrás de acolher milhares de refugiados. Na visão de Carsten Brzeski, economista da consultoria ING, “o resultado fraco pode transformar Angela Merkel em um pato manco muito mais rápido do que os observadores internacionais e os mercados financeiros pensam”.

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