Verde Asset vê espaço para otimismo crescente no mercado brasileiro após eleição de Bolsonaro

Para a gestora, o crescimento da economia, principalmente nos próximos dezoito meses, não depende da política - "basta não atrapalhar"; a partir daí, a extensão do ciclo será determinada pela capacidade do governo de resolver problemas 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em carta de estratégias sobre o mês de outubro, a Verde Asset, comandada pelo lendário Luis Stuhlberger, destacou otimismo pós-eleição. Com o pleito decidido com Jair Bolsonaro como o próximo presidente, os mercados brasileiros reagiram conforme se esperava ao retirar os prêmios de risco embutidos em todos os ativos, destaca a gestora. Isso levou à alta da Bolsa, queda dos juros e valorização do real. “O importante a discutir agora é o cenário prospectivo. E aqui vemos ainda espaço para otimismo crescente”, ressalta o relatório.

A Verde Asset aponta que, conforme a obsessão política se esvaia nos próximos meses, os analistas devem voltar as suas atenções para a melhora subjacente da economia.

“Os sinais têm sido sistematicamente positivos em nossa opinião, com crescimento econômico em consistente aceleração, demonstrando surpreendente resiliência ao choque da greve dos caminhoneiros”, apontam os gestores, que veem espaço para uma gradual realavancagem da economia brasileira, que passou por quase quatro anos de “brutal desalavancagem”. Tal estímulo do canal de crédito, avaliam, deve servir para reforçar a trajetória positiva.

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Para a Verde, o crescimento, principalmente nos próximos dezoito meses, não depende da política – “basta não atrapalhar”. Porém, no médio prazo, a extensão e magnitude do ciclo será determinada pela capacidade do novo governo de responder aos problemas fiscais. “Nos preços atuais, ainda não se faz necessário ter uma forte visão desse componente. Mais à frente, tal debate se tornará mais relevante”, afirma a gestora. 

Enquanto isso, no cenário externo, houve uma importante correção nos mercados acionários em outubro, com o S&P500 tendo o seu pior mês desde 2012. Eles avaliam que as condições monetárias mais apertadas em curso devem impactar o crescimento dos EUA no próximo ano o que, em conjunto com um cenário de incertezas na China e Europa, torna o quadro externo mais desafiador. “Ainda não o suficiente para alterar a trajetória positiva que enxergamos para os ativos brasileiros, mas certamente requer continuada atenção”, afirmam. 

De olho nesses cenários, a Verde mantém cerca de 15%  de exposição à bolsa brasileira, além de posições em juro real na parte intermediária da curva. A gestora também carrega, embora em tamanho reduzido, posições tomadas em juros americanos.

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No mês passado, a Verde Asset rendeu 3,77%, enquanto o CDI teve rendimento de 0,54%. No acumulado do ano, o rendimento da gestora é positivo em 7,45%, ante variação positiva de 5,38% do CDI.  

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.