Veja como as eleições podem influenciar seus investimentos na Bolsa

De acordo com Flávio Conde, analista-chefe da Gradual Investimentos, com a vitória de Dilma, os investidores devem comprar ações de consumo e vender papéis de estatais

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O Ibovespa, principal índice da Bovespa, valorizou 15,6% em apenas 15 pregões, após a presidente, Dilma Rousseff, começar a cair nas pesquisas do Ibope e do Datafolha, passando de 45.117 para 52.155 pontos.

Assim, o mercado como um todo já entendeu que as eleições irão mexer diretamente com a bolsa durante o ano inteiro. De acordo com Flávio Conde, analista-chefe da Gradual Investimentos, é preciso ficar atento não só às pesquisas como ao vencedor na horas de escolher suas ações, pois o desempenho das companhias irão depender de quem assumir o Brasil no ano que vem.

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Segundo o especialista, se a presidente for reeleita, o setor de consumo irá ser o mais beneficiado. “A presidente continuará estimulando o consumo, portanto, ações de empresas como Lojas Americanas (LAME4), Lojas Renner (LREN3), Magazine Luiza (MGLU3), Cia Hering (HGTX3) e Alpargatas (ALPA4) devem se beneficiar” afirmou.

Conde explicou que as opções ficarão escassas com a nova vitória de Dilma, pois ela prejudicou a maioria dos setores. Portanto, além do setor de consumo, o investidor do mercado de renda variável terá que se contentar mais apenas com companhias ligadas ao programa Minha Casa Minha Vida, como a MRV Engenharia (MRVE3) e a Direcional (DIRR3).

Vender
Já em relação às vendas, caso a presidente vença novamente, o analista afirmou que os investidores deverão ficar “muito longe de todas as estatais”.

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Empresas como Eletrobras (ELET3, ELET6), Petrobras (PETR3, PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3) que sofreram muito com as intervenções do governo, deverão continuar apanhando. “Congelamento de preços, MP 579 e outras intervenções prejudicaram muito essas empresas e o mercado já está ‘traumatizado’, tanto que elas valorizaram muito com a queda de Dilma nas pesquisas”, explicou.

As ações preferenciais classe B da Eletrobras ganharam 51,33%, em 15 pregões, e as ordinárias tiveram uma alta de 32,38%. Isso fez a companhia valorizar R$ 3,506 bilhões em valor de mercado.

Já as ações preferenciais e ordinárias da estatal valorizaram 30,99% e 28,79%, respectivamente, o que representou ganhos de R$ 48,524 bilhões em valor de mercado à companhia no período, sendo R$ 27,909 bilhões por parte das ordinárias e R$ 20,615 bilhões vindo das preferenciais.

Por fim, os papéis do Banco do Brasil subiram 32,17%, com ganhos de R$ 17,364 bilhões em valor de mercado.

Desempenho igual em qualquer cenário
Segundo o analista, empresas como o Pão de Açúcar (PCAR4), Ambev (ABEV3) e BRF (BRFS3) irão bem em qualquer cenário, enquanto empresas do setor de shopping center irão sofrer de qualquer forma, pois vivem um problema estrutural.

“Temos em 2013 e estamos tendo em 2014 e 2015 um excesso de shoppings, principalmente em lugares como Sorocaba e Londrina. A expansão bateu no teto, então o setor deve ir mal de qualquer forma. Em um cenário, o juros sobe, em outro, o dólar sobe, ou seja, o setor perde dos dois lados, mesmo com as cotações já tendo voltado bastante”, finalizou.

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